Talvez eu não seja a melhor ou a pior pessoa do mundo. Talvez eu seja eu mesma, de cara lavada, de personalidade única, dona das próprias digitais.
Talvez eu não busque rótulos, holofotes e nem seja uma estraga prazeres de quem quer que seja.
Na verdade, muitas vezes, olhei-me no espelho e tentei me entender. Vim com uma bagagem diferenciada, vim com aquilo que me deram e tive que ir me aperfeiçoando dentro do que chorei ou sorri. Guardo uma grande extensão de coisas que foram consequências do meu destino e que, algumas vezes, com muita dificuldade, superei.
“Agora sim, estou exatamente vivendo aquilo que sempre busquei”
Talvez eu não seja a única a viver tantos conflitos, a querer paz, sorrisos e um lugar onde finalmente possa pensar “Agora sim, estou exatamente vivendo aquilo que sempre busquei”; sabendo que por vezes os percalços mudaram muitas vezes o rumo dos sentimentos, dos pensamentos e que dentro da justiça divina as leis são sempre unânimes e verdadeiras.
Talvez eu tenha recolhido minhas coisas, seguido por outro lado por ter sido despejada do próprio espaço, aprendendo a me defender das maldades do mundo dos corações mais frios, sem querer fincar tanto a alma no passado, e ficar remoendo o que nem se enxerga mais ao longe e que já se dissipou.
São influências que vêm e passam, são sensações de impotência que logo se dissolvem no íntimo.
Talvez eu tenha hasteado a bandeira branca e dito a mim mesma que agora o caminho é outro, que não quero ouro, porque ele não entra no céu, mas quero a vida mais farta, com mais brilho e sem tanta burocracia com os sentimentos de outras pessoas que parecem querer complicar tudo e nos jogar dentro de um abismo.
Ou se tem, ou não se tem amor para ofertar; ou se junta, ou se separa e cada um que vá cuidar de si buscando um lugar ao sol.
Muitos estragos são feitos justamente por não se mostrar a verdadeira essência e o caráter de cada um, por vivermos aprisionados ao que não queremos mais e, mesmo assim, tem gente que ainda faz força pra que tudo em nós dê errado.
“(…) é hora de continuar com o sorriso no rosto (…)”
Talvez, hoje, depois de tanto balançar e andar na corda bamba da vida, eu tenha fincando os pés no chão e sentido que é hora de não fraquejar, é hora de continuar com o sorriso no rosto, por mais que tantos desgostos, lutas e tristezas tenham formado uma célula adoecida no espírito que eu tratei para que não se espalhasse e me trouxesse enfermidade futura.
Aí vem a cura, o novo tempo, o buscar novamente sabe-se lá o quê, mas o buscar vem, assim como a sensação de que tudo está conforme os planos de Deus. Graças a Ele, e a mim, nenhum luto será eterno, e nenhuma prisão me colocará na solitária.
Antes só do que mal-amada, antes só do que viver machucada. A paz de espírito é o suficiente para mim.
Por: Sil Guidorizzi