Ainda me pergunto sobre ti, muito mais do que deveria, e muito mais do que revelo. Depois de tudo o que passámos, é difícil para mim estender-te a mão porque eu sei – o mundo inteiro sabe – que nunca seremos o que eu queria que fôssemos. Ainda assim, eu pergunto-me sobre ti.
Eu pergunto-me se te lembras de todos os detalhes da primeira vez que me disseste que tinhas sentimentos por mim e como eu estava feliz. Quando eu pensei que todas as minhas orações estavam a ser respondidas através de ti, tu finalmente estavas aqui para me resgatar de todos aqueles relacionamentos fracassados e flertes sem sentido.
Eu pergunto-me se ainda ouves aquela música que eu te falei, e se pensas em mim de toda vez que isso acontece, e eu pergunto-me como isso te faz sentir.
Eu pergunto-me se a Adele te faz pensar em mim.
“Eu pergunto-me se sentes falta de falar comigo (…)”
Eu pergunto-me se sentes falta de falar comigo depois de um dia longo e difícil no trabalho, e se ainda achas que te posso fazer sorrir quando estás cansado.
Eu pergunto-me se sabes que eu aproveitei cada momento contigo mais do que eu gostei em toda a minha vida.
Eu pergunto-me se pensas em mim como alguém tão próximo e tão distante.
Eu pergunto-me se estás ciente de que tantas palavras foram deixadas sem dizer entre nós, e eu pergunto-me se estás curioso para descobrir o que elas eram.
Eu pergunto-me se leste o que eu escrevo, e eu pergunto-me se sorris quando lê nas entrelinhas.
Eu pergunto-me se dificultei o teu sono à noite.
Eu pergunto-me se descobriste que eu precisava de me amar do jeito que eu te amava, e que eu precisava de me ver do jeito que eu te via.
“Eu pergunto-me se gostas de quem eu me estou a tornar (…)”
Eu pergunto-me se gostas de quem eu me estou a tornar e eu pergunto-me se nunca vais tentar descobrir por que é que eu desapareci.
Eu pergunto-me se sabias o quanto eu estava disposta a ir para te fazer feliz.
Eu pergunto-me se te preocupas que eu possa ter conhecido outra pessoa.
Eu pergunto-me se conheceste outra pessoa, e eu pergunto-me se ela nunca vai olhar para ti do jeito que eu olhava, e se ela te vai ouvir mesmo quando estiveres calado. Tu estavas sempre calado.
Eu pergunto-me se ainda tens problemas com o teu pai, e pergunto-me se há alguém para te assegurar que estás a ir muito bem e que precisas de parar de ser tão duro contigo mesmo. Tu sempre foste tão duro contigo mesmo.
Eu pergunto-me se ainda contas piadas más, e se sentes falta do jeito que eu ria delas, ou se sentes falta da minha risada “desagradável, mas amável”.
Eu pergunto-me o que vem à tua mente quando ouves o meu nome e se ainda significa alguma coisa para ti.
Eu pergunto-me, embora não haja sentido em perguntar.
Eu pergunto-me, embora eu saiba que não estamos certos um para o outro.
Eu pergunto-me porque no fundo, eu sei que tu também te perguntas.
Traduzido e adaptado pela equipa de Sábias Palavras
Fonte: Thought Catalog
Autora: Rania Naim