Enfermeiro canta bolero para idoso com Alzheimer para o acalmar

Flávio Vitorino Costa é um socorrista de 55 anos no SAMU que marca a vida dos seus pacientes há 10 anos não só com o seu profissionalismo, mas também com o seu jeito para a música, usando os seus dotes vocais para cantar e assim distraí-los dos inúmeros procedimentos, muitos deles dolorosos.

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Reprodução Facebook / Flávio Vitorino Costa

“Cantar e fazer o paciente sorrir é o melhor remédio. Ele esquece da dor, gera endorfina e cria empatia por você, por mais que saiba que vai sofrer.”, disse Flávio ao G1.

Recentemente acabou mesmo por se tornar viral nas redes socias após ter publicado um vídeo onde mostra este, Flávio, a cantar bolero para um idoso com Alzheimer que havia tido um princípio de enfarte. Durante o atendimento, o idoso disse que gostava de bolero, mas que não se lembrava de nenhum. Aí, Flávio começou a cantar e aos poucos o senhor foi-se lembrando da música e cantando ao mesmo tempo.

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Reprodução Facebook / Flávio Vitorino Costa

Em pouco tempo, o vídeo acabou por viralizar, estando já com mais de 45 mil gostos e 59 mil partilhas.

Apaixonado por música desde que era bastante jovem, Flávio sempre fez questão de cantar para melhorar não só o seu dia como o das outras pessoas, mesmo quando trabalhava no Hospital Regional de Sobradinho, entre os anos 1992 e 2008.

“Eu cantava para acordar todo mundo, tipo uma alvorada festiva. O que as pessoas achavam que era exceção, na verdade é a regra. Faço tudo para humanizar o atendimento, trazer pra junto, diminuir o sofrimento. Canto, brinco, conto uma piada.”

Esta paixão deve-se a seu pai, que foi cantor. Contudo, apesar de também ter pensado seguir os passos deste, acabou por não o fazer, tendo sido o seu próprio pai a desencorajá-lo.

“Antigamente, levar uma vida de artista, vida boêmia, não era algo muito bem visto. Ele não queria que eu acompanhasse as coisas dele, mas a música sempre esteve na minha vida.”

Ainda assim, a música é uma parte bastante importante da sua vida, sendo Flávio um dos diretores de bateria da Escola de Samba Aruc, do Cruzeiro, ao mesmo tempo que exerce a sua profissão de socorrista.

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Reprodução Facebook / Flávio Vitorino Costa

“A gente vive numa espiral psicológica muito forte. O tempo inteiro vê gente morrendo, crianças sofrendo, a gente vê o que tem de melhor e de pior no ser humano. Faz um parto, mas vê um idoso ser maltratado e isso te abala, claro. Para não trazer, pra minha vida particular, as mazelas que vejo e não levar as minhas para o Samu, eu faço da música minha válvula de escape.”

Imagem de destaque: Reprodução / Facebook





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