Um casal estava com muita expectativa pelo nascimento do filho, que aconteceu no Sanatório Mater Dei, em Buenos Aires, Argentina. A gravidez correu bem e o parto foi tranquilo até que, ao verem o bebê, os pais descobriram que ele tinha síndrome de Down.
Isso foi um choque para eles, que decidiram abandonar o recém-nascido no hospital e seguir suas vidas sem ele.
Os vários ultrassons feitos durante o pré-natal não mostraram nenhum sinal dessa possibilidade e por isso os pais ficaram muito surpresos. A mulher “devolveu” a certidão de nascimento do recém-nascido e exigiu que ele fosse levado para longe dela: não queria saber nada sobre o próprio filho, e o casal foi embora.
Apesar da rejeição de seus pais biológicos, Santiago encontrou amor e cuidado nas enfermeiras do hospital. Marcela Casal Sanchez era uma delas que cuidava do bebê e ficou particularmente chocada com o comportamento daqueles pais: em muitos anos de sua carreira, ela nunca tinha visto um casal deixar um filho no hospital e sair indiferente.
Marcela foi a mãe que ele precisava desde o primeiro dia e lutou para oficializar sua adoção, criando um vínculo forte e especial com o menino.
Felizmente, a juíza que administrou o processo de adoção (de uma lista de mais de 15 pessoas do Sanatório que se candidataram), priorizou o vínculo existente entre Marcela e o recém-nascido que, como todo mundo, exigia muito amor.
A atitude dos pais biológicos é um exemplo de como o preconceito e a falta de informação podem levar a decisões terríveis. A síndrome de Down é uma condição genética que pode ser desafiadora, mas não deve ser motivo de rejeição ou abandono. A história de Santiago mostra que todas as crianças merecem amor e cuidado, independentemente de suas condições de nascimento.
A adoção é um ato de amor e coragem, que pode mudar a vida de uma criança para sempre. Marcela Casal Sanchez foi a prova viva disso, mostrando que é possível encontrar amor e felicidade mesmo nas situações mais difíceis.
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