Cantora Luciane Dom afirma ter cabelo revistado em aeroporto, enquanto Infraero nega

Em suas redes sociais, a cantora Luciane Dom compartilhou sua experiência no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, que chocou a todos. A cantora afirmou que participou de uma revista aleatória e que teve até seu cabelo revistado.

A cantora desabafou nas redes sociais, relatando o ocorrido e destacando o impacto emocional da situação.

Desse modo, Luciane postou uma foto visivelmente abalada, com a seguinte legenda: “Acabaram de revistar o meu cabelo no Aeroporto Santos Dumont! Eu tô sem chão. Nem sei o que pensar”.

A cantora lamentou que, para pessoas como ela, as coisas nunca são suaves. Assim, expressando a frustração de não conseguir se dedicar plenamente à sua arte diante de episódios de discriminação.

De acordo com o relato de Luciane, ela já havia passado pelo scanner corporal e teve sua mala verificada pelo raio-x quando foi abordada. A funcionária do aeroporto teria dito que precisava verificar seu cabelo, o que a deixou atordoada diante da violência simbólica do ato.

Contudo, a situação só se resolveu após a intervenção de um superior, mas a artista afirma que o episódio deixou marcas profundas.

Ao chegar em São Paulo, Luciane compartilhou sua frustração e decepção em seu perfil. Portanto, destacou que, embora esperasse situações desse tipo devido à estrutura racista existente, a experiência é sempre impactante e fere a dignidade.

Resposta às acusações

Em resposta às alegações de Luciane, a Infraero, administradora do Aeroporto Santos Dumont, emitiu uma nota negando a revista no cabelo da cantora. A empresa afirmou que Luciane Dom foi selecionada aleatoriamente para uma inspeção manual.

No entanto, após averiguação interna por meio de imagens de câmeras de segurança, concluiu-se que não houve inspeção nos cabelos da artista. Dessa maneira, a Infraero ressaltou que a inspeção aleatória não leva em consideração características específicas dos passageiros e repudiou qualquer forma de discriminação.

Diante do ocorrido, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, expressou seu lamento pelo episódio e afirmou que a pasta acompanhará o caso. Assim, ela ressaltou a importância do respeito ao corpo e cabelo das pessoas negras, destacando que casos como esse não são isolados.

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