É ‘cor de carne’ ou ‘cor de carmim’?: ‘Menina Veneno’ faz 40 anos e Ritchie ainda tem que responder como é a letra

Foi em 1983 que o professor de inglês, e também músico e compositor Richard David Court, artisticamente conhecido como Ritchie, viu sua vida mudar completamente do nada.

Sem imaginar que isso poderia acontecer, sua música ‘Menina Veneno’ estourou em uma rádio do Nordeste e tomou conta do Brasil do dia para a noite.

Depois que Menina Veneno explodiu pelo país e se transformou num megahit a vida do inglês mais brasileiro de todos os tempos cabeça para baixo. E essa história completou 40 anos em 2023, celebrada pelo cantor através de uma megaturnê superproduzida em que toca todos os seus clássicos.

“Nesta turnê tenho tocado em vários lugares, em São Paulo, Rio, em Salvador foi lindo. Eu fui levado às lágrimas várias vezes com esta turnê, porque está incrível. As pessoas cantam todas as músicas e têm um carinho. É incrível. É muito prazeroso de fazer”, diz o inglês, de 71 anos ao R7.

Nesta entrevista, o artista falou sobre o sucesso Menina Veneno.

Ele revela que mesmo após 40 anos, as pessoas ainda questionam se a letra diz “abajur cor de carne” ou “cor de carmim”. Ritchie afirma que isso mantém a música em evidência, mas que também “enche o saco um pouquinho a insistência no errado.”

“Eu acho que as pessoas podem cantar como elas bem entenderem. Se vier me perguntar se é “cor de carmim” eu vou dizer que não, porque nunca foi. Isso é uma invenção da internet.”, disse o cantor.

Como começou essa troca?

Ritchie conta que alguém inventou que ele tinha dito em entrevista que não era “cor de carne” e que era “cor de carmim”, mas que isso na verdade nunca aconteceu.

“Mas bem ou mal, fala-se da música. Eu não posso reclamar. São 40 anos que eu estou comemorando agora com uma turnê linda, maravilhosa e que está satisfazendo a mim e aos fãs. E eu estou muito feliz de estar ainda vivendo esse momento.”, revela.

“Quando a fizemos, achamos que durar dois meses seria uma glória. Se tocasse por dois meses numa rádio qualquer. Então, ter essa sobrevida, que ela tem mesmo, ela atravessa gerações já. Vai de pais para os filhos e, às vezes, até para netos. Que é o meu caso. Meus netinhos de poucos anos de idade já obviamente cantam as músicas do vovô e tal. É uma coisa que já está na terceira geração, então é muito gratificante.”, acrescentou.

Imagem de Capa: Rtichie





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