Nesta segunda-feira (18), um movimento histórico, o Papa Francisco anunciou que os padres da Igreja Católica agora têm permissão para abençoar relacionamentos de casais do mesmo sexo.
Portanto, esse novo passo representa uma abertura da Igreja à comunidade LGBTQIA+. Assim, refletindo a busca do Papa por uma abordagem mais inclusiva e progressista.
Desse modo, o Vaticano emitiu um documento intitulado “Fiducia supplicans”, que autoriza os padres a abençoarem casais do mesmo sexo. O Papa Francisco tem liderado esforços para uma maior compreensão e aceitação da diversidade sexual na igreja.
O “Fiducia supplicans” esclarece que essa decisão não altera a “doutrina tradicional da Igreja sobre o casamento”. O cardeal Víctor Manuel Fernández, prefeito do gabinete do Vaticano, explicou que a norma implica um “verdadeiro desenvolvimento” nas bênçãos, permitindo abençoar casais do mesmo sexo sem alterar o ensinamento da Igreja sobre o casamento.
Embora permita as bênçãos para casais do mesmo sexo, o documento estabelece algumas limitações. Dessa forma, as bênçãos não devem ocorrer simultaneamente a cerimônias de união civil, nem devem adotar vestimentas, gestos ou palavras associadas a casamentos tradicionais.
A perspectiva pastoral de Francisco
O Papa Francisco, em consonância com sua visão pastoral, enfatiza a necessidade de “caridade pastoral” ao tratar pedidos de bênção para casais do mesmo sexo.
Dessa maneira, destacando a importância de não serem “juízes que apenas negam, rejeitam e excluem”, mas também reitera que a Igreja considera as relações entre pessoas do mesmo sexo “objetivamente pecaminosas”.
Essa mudança na postura da Igreja Católica segue outras iniciativas progressistas do Papa Francisco, incluindo a aceitação de pessoas trans para batismos e participação em ritos religiosos.
No entanto, enfrenta resistência em alguns setores da Igreja, como evidenciado pela demissão do bispo texano Joseph Strickland, crítico das reformas promovidas pelo pontífice.
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