Gahbi Borges, de ‘Elas por Elas’, conquista 1ª certidão de nascimento ‘não-binário’: Um marco na representatividade

Nesta segunda-feira (15), Gahbi Borges, que ficou conhecido pelo papel em “Elas por Elas”, tomou uma decisão histórica ao retificar sua certidão de nascimento para refletir sua identidade não-binária.

Portanto, Gahbi, aos 35 anos, afirma não se identificar nem com o gênero feminino, nem o masculino. Assim, abrindo caminho para um diálogo mais amplo sobre diversidade e representatividade.

 

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Dessa forma, este marco destaca a evolução na compreensão das identidades de gênero e a persistência de desafios burocráticos.

Gahbi Borges é a primeira pessoa a obter o reconhecimento oficial de sua identidade não-binária por meio de uma ação individual na Justiça do Distrito Federal. Mesmo não se incomodando com pronomes tradicionais como ele/dele ou ela/dela, Gahbi busca uma representação mais autêntica em seus documentos oficiais.

Gahbi compartilhou que sua decisão de retificar a certidão de nascimento visava superar barreiras e preconceitos presentes na burocracia. Anteriormente registrado como Gabriel Rodrigues Borges, Gahbi agora incorporou os sobrenomes da mãe e da avó materna.

Assim, sendo uma decisão que vai além do reconhecimento de gênero, abordando também questões de machismo relacionadas ao registro de nomes de mães.

 

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Importância da retificação burocrática

Ao obter esse marco legal, Gahbi não apenas busca o reconhecimento pessoal, mas também a legitimação da existência não-binária na esfera burocrática. A retificação da certidão de nascimento é apenas o primeiro passo, já que agora o foco se volta para a atualização de documentos como RG e carteira de habilitação.

Para Gahbi, este processo é uma documentação essencial que reafirma a existência como cidadão.

Apesar da determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) em 2018 para que cartórios realizem retificações para pessoas transgêneros e transexuais, ainda existem situações em que pessoas não-binárias precisam buscar a Justiça para garantir seus direitos.

O caso de Gahbi destaca a necessidade contínua de conscientização e implementação efetiva de medidas para assegurar a representatividade de todas as identidades de gênero.

Imagem de Capa: Gahbi Borges





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