Num mundo saturado por imagens meticulosamente editadas, o impacto do Photoshop na mídia tornou-se um tema de discussão recorrente. Desse modo, uma especialista em Photoshop destacou a disparidade notável entre como homens e mulheres são submetidos a retoques.
Assim, iniciando uma conversa viral sobre padrões de beleza inatingíveis e a imperativa necessidade de transparência na mídia.
Desse modo, Caroline publicou um vídeo em suas redes sociais que alcançou cerca de 1,5 milhão de visualizações. Assim, exibindo a transformação de imagens de 17 homens na faixa dos 50 anos, passando por um processo intensivo de retoque semelhante ao aplicado rotineiramente às mulheres.
A edição
Os resultados foram visualmente chocantes, com os rostos editados parecendo excessivamente polidos e quase surreais. Portanto, evidenciando a extensão da edição que as mulheres enfrentam diariamente.
Dessa maneira, a especialista iniciou esse projeto para desafiar a concepção errônea generalizada de que imagens digitalmente alteradas muitas vezes são percebidas como realidade.
“A ilusão de pessoas impecáveis criadas através do Photoshop é tão convincente que a percebemos como realidade. Meu objetivo era abordar isso criando TikToks que destacassem a peculiaridade dessa situação”, disse.
A escolha de homens para esse experimento foi estratégica, buscando expor as diferentes representações de gênero na mídia. Após a viralização dos vídeos, Caroline observou comentários de homens insinuando que esse duplo padrão é desejado pelas mulheres, absolvendo-os de responsabilidade.
“Os padrões de beleza sociais norte-americanos frequentemente se alinham ao olhar masculino. Padrões de beleza irreais perpetuados pelo Photoshop afetam e são perpetuados por pessoas de todos os gêneros”, revelou.
Abordando a distinção entre conteúdo autêntico e retocado, Caroline advoga por avisos em qualquer forma de mídia indicando manipulação digital nas imagens. Além disso, destaca que celebridades e influenciadores, ao exibirem corpos retocados, exercem uma influência significativa sobre seus seguidores.
“Acho que celebridades e influenciadores precisam reconhecer o impacto que filtros e corpos digitalmente alterados podem ter sobre seu público. Uma celebridade com 10 milhões de seguidores tem uma influência significativa, e retocar seu corpo e rosto envia uma mensagem poderosa a milhões.”
Photoshop
Desde seu lançamento em 1988, o Photoshop gradualmente se tornou uma parte integral de nossas vidas, especialmente na indústria do entretenimento. Desse modo, moldando corpos e rostos para se adequar a padrões estéticos momentâneos.
Essa prática, entretanto, levou o Photoshop a ser alvo de críticas por promover uma imagem corporal prejudicial, principalmente em mulheres. Ao criar um corpo irreal e inatingível, o Photoshop contribui para a pressão que as mulheres sentem para atender a um “corpo perfeito”.
Dessa maneira, muitas vezes levando a práticas como cirurgias plásticas desnecessárias e distúrbios alimentares.
A compreensão de que as empresas frequentemente usam o Photoshop de maneira destrutiva levanta questões sobre a motivação por trás desse comportamento. Alguns teorizam que o retoque em anúncios visa criar um ideal aspiracional de beleza, incentivando o consumo de produtos.
Outra interpretação sugere que mostrar imagens perfeitas pode gerar inseguranças nas mulheres, levando-as a comprar mais produtos de beleza.
@caroline_in_thecity I definitely think about this everytime i see a cute little wrinkles on ‘silver foxes’ and smoothed doll skin on women the same age. #pedropascal #maybeitsphotoshop #photoshop ♬ Makeba – Jain
Imagem de Capa: Reprodução