Nesse ano de 2024, o Brasil enfrenta uma preocupante situação em relação à dengue. Desse modo, o país teve um aumento significativo de casos em comparação ao mesmo período do ano anterior.
O Ministério da Saúde divulgou dados alarmantes, revelando mais de 217 mil casos nas quatro primeiras semanas deste ano, mais que triplicando em relação aos 65.366 casos notificados em 2023.
O aumento expressivo de casos de dengue em 2024 é atribuído a diversos fatores, conforme explicado pelo Ministério da Saúde. Portanto, a combinação de calor excessivo e chuvas intensas, possíveis efeitos do El Niño, cria um ambiente propício para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue.
Além disso, o ressurgimento dos sorotipos 3 e 4 do vírus da dengue no Brasil contribui para a disseminação da doença.
Para conter a propagação da dengue, o Ministério da Saúde anunciou a incorporação da vacina Qdenga ao Sistema Único de Saúde (SUS) em dezembro de 2023. Dessa forma, a vacinação terá início em fevereiro de 2024, abrangendo cerca de 500 municípios em 16 estados.
Com doses limitadas, o governo priorizou a vacinação de adolescentes de 10 a 14 anos, considerados o grupo com maior número de internações pela doença. Assim, municípios de grande porte e com alta transmissão de dengue do tipo 2 foram incluídos na campanha, seguindo a classificação de “regiões de saúde”.
A Qdenga, desenvolvida pelo laboratório japonês Takeda Pharma, é a vacina escolhida para a campanha de vacinação contra a dengue.
Aprovada pela Anvisa em março de 2023, a vacina contém vírus vivos atenuados da dengue, proporcionando imunização contra os quatro sorotipos do vírus. O esquema de vacinação consiste em duas doses, com intervalo de três meses entre as aplicações.
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