No Brasil, em Santa Catarina, na comunidade de Canoinhas, um ato de desprezo por livros e pela cultura chocou a todos. A prefeita da cidade, Juliana Maciel (PL), protagonizou um vídeo polêmico jogando no lixo obras do projeto Mundoteca, alegando que eram “porcaria”.
Dessa forma, o incidente ganhou repercussão nacional, trazendo à tona debates sobre censura, educação e responsabilidade política.
Entre os livros descartados estavam obras como “As Melhores do Analista de Bagé”, de Luís Fernando Veríssimo, e “Aparelho Sexual e Cia.”, este último criticado publicamente pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
No entanto, essa atitude gerou indignação não apenas pela destruição de materiais, mas também pelas críticas direcionadas a obras culturais consagradas e à educação sexual.
Em suas declarações, Juliana Maciel associou a doação dos livros ao governo federal, acusando-o de promover uma agenda contrária aos valores familiares. Contudo, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República negou qualquer ligação do projeto Mundoteca com o governo federal.
Assim, esclarecendo que se trata de uma iniciativa privada aprovada para captar recursos por meio da Lei de Incentivo Cultural.
Assim, questionaram também a gestão municipal de Canoinhas, uma vez que a administração local recebeu a unidade da biblioteca, que foi gerida pelo projeto Mundoteca, após oito meses de sua inauguração em 2022.
A prefeita, ao desdenhar dos livros doados, levantou dúvidas sobre a transparência e a responsabilidade na gestão cultural do município.
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Imagem de Capa: Reprodução