Em investigação, laudo do IML revela detalhes da morte de Djidja Cardoso: “Usava fraldas antes de morrer”

Djidja Cardoso tem sido um dos nomes mais citados na web depois de sua morte, na última terça-feira (28/5), em Manaus. Entretanto, a morte da empresária tornou pública uma seita liderada pela mãe e pelo irmão da jovem.

Nesta segunda-feira (03/06), o Instituto Médico Legal (IML) divulgou o laudo que aponta a causa da morte de Djidja. De acordo com o documento preliminar, a ex-sinhazinha do Boi Garantido faleceu por conta de um edema cerebral, que afetou o funcionamento do cardíaco e respiratório.

A suspeita é de que o uso excessivo de cetamina tenha causado a complicação, já que a família de Djidja usava a droga nos rituais da seita religiosa chamada Pai, Mãe e Vida, liderada por eles.

O laudo indica “depressão dos centros cardiorrespiratórios centrais bulbares; congestão e edema cerebral de causa indeterminada”. Desta forma, o IML não explicou o que poderia ter desencadeado o problema.

A Polícia Civil acredita que a morte da jovem está relacionada a uma possível overdose de cetamina. A substância tem efeito anestésico, causando alucinações e sensação de bem-estar, quando usada de forma recreativa.

Seita em investigação

Segundo as investigações, a Polícia Civil de Manaus descobriu que a mãe e o irmão de Djidja lideravam a seita religiosa, onde praticavam o uso de drogas e cometiam abusos contra os seguidores do grupo.

A mãe e o irmão de Djidja acreditam ser Maria e Jesus Cristo, respectivamente. A ex-sinhazinha do Boi Garantido seria Maria Madalena. Para alcançar a evolução, eles usavam a cetamina – um potente anestésico controlado de uso hospitalar, que tem a venda proibida no Brasil.

O grupo estava sendo investigado há cerca de 40 dias. Os adeptos da seita tinham de tomar cetamina para “transcender a outra dimensão”. Vulneráveis, as vítimas eram despidas e não podiam tomar banho ou se alimentar. Além disso, segundo investigação, teriam sofrido cárcere e violência, incluindo abusos sexuais e abortos.

Poliana Cardoso, prima de Djidja Cardoso, afirmou que a ex-sinhazinha do Boi Garantido estava usando fraldas em seus últimos dias de vida, devido ao uso excessivo de cetamina. “Ela ficou muito dependente e não vivia mais sem. Estava usando fraldas, não conseguia mais se levantar, as pernas inchadas…”, revelou Poliana.

Até mesmo a avó da jovem pode ter sido submetida ao uso da droga. Uma investigação sobre a morte da idosa começou depois que familiares suspeitaram que Ademar Cardoso possa ter injetado cetamina na avó para dores.


O local onde aconteciam os rituais tinha “cheiro de carne em estágio de putrefação”, segundo descrição da polícia. Dentro da casa, foram encontradas seringas, frascos de cetamina e de outros medicamentos, computadores e documentos, todos encaminhados para investigação. Todos os participantes da seita foram presos.

Uma clínica em Manaus seria a responsável por fornecer a cetamina à seita, mas não foram divulgados detalhes sobre identidade e prisão de responsáveis. A Polícia ainda busca saber se outras clínicas e veterinários forneceram ao grupo as substâncias de forma ilegal.

Imagem de Capa: Djidja Cardoso





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