“Sumiço” de 3 MILHÕES DE BRASILEIROS no censo do IBGE causa preocupação ao governo

O recente “sumiço” de três milhões de brasileiros no censo do IBGE preocupa o governo. O recenseamento identificou pouco menos de 205 milhões de habitantes até o momento – número significativamente inferior às projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no final de 2023, quando se estimava a existência de pelo menos 207,8 milhões de brasileiros.

Os resultados preliminares do censo demográfico, ainda mantidos em sigilo, acenderam um alerta nas autoridades governamentais devido ao desaparecimento de quase três milhões de brasileiros, o que pode impactar negativamente a formulação de políticas públicas e a distribuição de verbas para centenas de prefeituras.

Essa diferença de quase três milhões equivale à população de uma cidade do porte do Distrito Federal, criando uma discrepância preocupante.

Uma possível explicação para isso pode estar relacionado ao comportamento de famílias de baixa renda durante a coleta de dados. Muitas dessas famílias podem ter se declarado como “unipessoais”, omitindo cônjuges e filhos por medo de perder acesso a benefícios sociais.

O governo já identificou que o número de beneficiários do Bolsa Família foi inflado no ano passado, com múltiplos membros do mesmo núcleo familiar recebendo recursos devido à falta de controle no cadastro para o então Auxílio Brasil. Isso resultou no cancelamento de milhões de benefícios.

Outro ponto que chamou a atenção dos pesquisadores do IBGE foi o elevado número de “domicílios de uso ocasional” em áreas pobres, que teoricamente não teriam esse perfil. Além disso, houve um número significativo de questionários não respondidos, inclusive em bairros nobres de capitais, resultando em lacunas importantes nos dados coletados.

Diversos municípios contestaram os dados do IBGE, argumentando que não condizem com a realidade local. Em alguns casos, a população registrada diminuiu em comparação ao censo anterior, o que poderia reduzir os recursos destinados a esses municípios.

Preocupado com essa possibilidade, o governo está monitorando a situação de perto para garantir que os resultados definitivos do censo sejam precisos e reflitam a realidade do país.

O último censo foi realizado em 2010, e a atualização dos números enfrentou diversos desafios nos últimos anos, incluindo cortes sucessivos no orçamento do IBGE e atrasos na coleta de dados.

Essa situação complexa reforça a necessidade de uma análise cuidadosa dos dados obtidos para assegurar que políticas públicas sejam baseadas em informações precisas e atualizadas, refletindo a verdadeira demografia do Brasil.

Imagem de Capa: Canva





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