Na madrugada desta segunda-feira (29), quando voltava da residência da irmã, o motociclista Pedro Kaique Ventura Figueiredo, de 21 anos, morreu ao ser atingido por um Porsche amarelo após uma briga de trânsito na avenida Interlagos, na zona sul de São Paulo.
Um vídeo registrado pela câmera de segurança mostrou o momento em que o motorista do carro persegue a moto em alta velocidade, ocorre a batida e a motocicleta é jogada contra o muro de um canteiro. O Porsche aparece atravessado na avenida e a moto do jovem fica completamente destruída após a colisão.
Pedro foi socorrido e encaminhado ao Hospital do Grajaú, mas não resistiu aos ferimentos. A namorada do motorista, que estava no banco do passageiro, foi socorrida com ferimentos leves.
O motorista saiu normalmente do carro. ”Você matou o cara da moto por causa do retrovisor do seu carro”, disseram populares ao suspeito. O condutor nega que esse tenha sido o motivo, dizendo que ”foi fechado” pelo motociclista
Alex Lúcio Figueiredo, pai de Pedro, lamentou a morte do filho e afirmou que nada justifica ele ter sido atropelado. “Por mais que ele tenha quebrado o retrovisor, não justifica ele ter tirado a vida do menino. A vida vale um retrovisor? Agora ele vai poder voltar atrás e trazer meu filho para dentro de casa, para dentro da família? Meu filho está lá deitado no necrotério e eu não posso fazer nada”, disse Alex, em entrevista à imprensa.
A vítima deixa esposa e um filho de três anos. O pai afirmou que ele tinha dois empregos, no qual era auxiliar de transporte escolar e fazia entregas como motoboy. “Estava cheio de sonhos, começando uma nova vida, planejando comprar um imóvel na planta para poder sair do aluguel. Trabalhava em dois empregos para manter a condição de vida”, lamentou.
O motorista foi identificado como Igor Ferreira Sauceda, 27. Ele foi preso em flagrante após o caso, registrado inicialmente como homicídio culposo (quando não há intenção de matar).
No entanto, ele foi encaminhado para outra delegacia e alterado para homicídio com dolo eventual, por motivo fútil, (quando o agente não tem a intenção direta de provocar a morte, mas assume o risco desse resultado ao realizar uma conduta perigosa). Com a mudança, o motorista permaneceu preso e passará por audiência de custódia nesta terça-feira (30).
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