Novo filme com Fernanda Torres e Selton Mello é aplaudido por 10 minutos e pode conquistar o Oscar

O cinema brasileiro está em alta com o lançamento de “Ainda Estou Aqui”, filme dirigido por Walter Salles e estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello. Recentemente, no Festival de Cinema de Veneza, o longa foi ovacionado por 10 minutos.

Desse modo, muitos acreditam que essa produção tem potencial para trazer ao Brasil o tão almejado Oscar. A história por trás do filme é intensa e profundamente ligada a um período sombrio da história do país: a ditadura militar.

A História real

Baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, “Ainda Estou Aqui” narra a história de Eunice Paiva, vivida por Fernanda Torres na juventude e Fernanda Montenegro na velhice.

Eunice foi esposa de Rubens Paiva, deputado que foi sequestrado, torturado e morto pelos agentes da ditadura militar em 1971. Dessa forma, a trama segue a luta incansável de Eunice para descobrir a verdade sobre o que aconteceu com seu marido e trazer à luz as atrocidades cometidas pelo regime.

No dia 20 de janeiro de 1971, agentes militares levaram Rubens Paiva de sua casa no Rio de Janeiro, e ele nunca mais foi visto com vida. Os militares alegaram que “terroristas de esquerda” o sequestraram. Porém, na realidade, torturaram e mataram Rubens Paiva no DOI-Codi, um dos centros de repressão mais temidos da época.

Jogaram o corpo de Rubens Paiva ao mar para apagar as evidências do crime.

Após a morte do marido, Eunice se dedicou a estudar Direito, motivada pela busca por justiça. Desse modo, ela se tornou uma das principais figuras na luta pelos direitos humanos no Brasil, sendo uma das responsáveis pela aprovação da Lei 9.140, que reconhecia a morte de desaparecidos políticos durante a ditadura.

Em 1996, ela finalmente conseguiu o atestado de óbito de Rubens Paiva, quase três décadas após sua morte.

O Oscar

O sucesso do filme em Veneza reacendeu a esperança dos brasileiros de ver uma produção nacional conquistar o Oscar.

Muitos se lembraram de Fernanda Montenegro, indicada ao Oscar de Melhor Atriz em 1999 por sua performance em “Central do Brasil”. No entanto, acabou perdendo para Gwyneth Paltrow.

Agora, com Fernanda Torres no papel de Eunice Paiva, os fãs acreditam que essa possa ser uma oportunidade de “vingança” simbólica. Assim, levando finalmente a estatueta para o Brasil.

“Ainda Estou Aqui” já está sendo apontado como uma das maiores apostas do Brasil para a temporada de premiações de 2025. O filme ainda participará do Festival Internacional de Cinema de Toronto e do Festival de Cinema de Nova York, onde espera-se que continue a receber elogios e, possivelmente, prêmios.

A estreia oficial nos cinemas brasileiros ainda não tem data marcada. Provavelmente irá ocorrer após a temporada de festivais, o que pode dar um impulso adicional na campanha para o Oscar.

 

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Imagem de Capa: Fernanda Torres 





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