A maratonista ugandense Rebecca Cheptegei morreu após um suposto ataque do seu ex-namorado em sua própria casa no Quênia.
De acordo com relatos de mídias locais, a atleta de 33, foi encharcada com gasolina e incendiada por seu ex-namorado Dickson Ndiema do lado de fora de sua casa localizada no Condado de Trans Nzoia.
Um relatório da polícia local afirmou que Cheptegei foi confrontada por Ndiema quando retornou à sua casa depois de ir à igreja com seus filhos no domingo (1º de setembro). O casal teria discutido sobre um pedaço de terra quando seu ex-parceiro supostamente jogou gasolina em Cheptegei e ateou fogo nela.
“O casal foi ouvido discutindo do lado de fora de casa”, disse o chefe de polícia local, Jeremiah ole Kosiom, em um comunicado. “Durante a briga, o namorado foi visto derramando um líquido na mulher antes de queimá-la.”
Vizinhos correram para o local para ajudar a apagar as chamas até que Cheptegei fosse levada para o Hospital de Ensino e Referência Moi com cerca de 80% do corpo queimado. Entretanto, foi confirmado pelo Dr. Owen Menach que a esportista morreu na manhã de 5 de setembro.
“Infelizmente, nós a perdemos depois que todos os seus órgãos falharam”, disse ele à imprensa queniana (via BBC). Ndiema também foi internado no hospital com queimaduras menos extensas.
Cheptegei começou sua carreira como maratonista em 2010, terminando em 14º no Campeonato Mundial de 2023 em Budapeste. Ela também competiu nas Olimpíadas de Paris 2024 , representando Uganda na maratona feminina, onde terminou em 44º lugar.
A Federação de Atletismo de Uganda compartilhou uma homenagem a Cheptegei nas redes sociais, escrevendo: “Estamos profundamente tristes em anunciar o falecimento de nossa atleta, Rebecca Cheptegei, no início desta manhã, que tragicamente foi vítima de violência doméstica. Como federação, condenamos tais atos e pedimos justiça. Que sua alma descanse em paz.”
O jornal queniano The Standard teria falado com uma das filhas de Cheptegei, que testemunhou o ataque e tentou intervir. “Ele me chutou enquanto eu tentava correr para resgatar minha mãe”, teria dito a menina, que não foi identificada.
“Imediatamente gritei por socorro, atraindo um vizinho que tentou apagar as chamas com água, mas não foi possível.”
O pai de Cheptegei, Joseph Cheptegei, também se manifestou sobre o ataque, dizendo aos repórteres no início da semana que estava rezando “por justiça para [sua] filha”.
Imagem de Capa: Uganda Athletics Federation
