Cientistas da Northwestern University, nos EUA, encontraram um código de eliminação do câncer presente no corpo que pode eliminar a necessidade de quimioterapia. Cada célula do corpo vem equipada com esse ‘kill switch’ para destruir células cancerígenas.
Quando o “interruptor de eliminação” detecta câncer em qualquer célula do corpo, ele usa esse código para erradicá-lo. Tanto os pequenos ácidos ribonucleicos (RNAs) quanto os grandes RNAs codificadores de proteínas têm o código de eliminação do câncer neles.
Desta forma, os pesquisadores acreditam que microRNAs desenvolveram o interruptor de destruição de células cancerígenas há mais de 800 milhões de anos como um mecanismo de sobrevivência. Essa defesa natural ajuda a proteger o corpo do câncer, assim como a quimioterapia também ativa essas pequenas moléculas de RNA.
Como isso acontece?
Quando o câncer entra em contato com esses RNAs, ele não consegue se adaptar ou sobreviver. Portanto, cientistas da Northwestern University acreditam que uma duplicação sintética pode ser um tratamento viável. O estudo deles marca a primeira descoberta de que células cancerígenas não conseguem resistir a moléculas de microRNA.
“Agora que sabemos o código de eliminação, podemos acionar o mecanismo sem precisar usar quimioterapia e sem mexer no genoma. Podemos usar esses pequenos RNAs diretamente, introduzi-los nas células e acionar o interruptor de eliminação”, disse o autor principal Marcus E. Peter, e o Professor Tomas D. Spies de Metabolismo do Câncer na Faculdade de Medicina Feinberg da Universidade Northwestern.
A quimioterapia pode resultar em muitos efeitos colaterais indesejados, incluindo causar outros tipos de cânceres. Isso acontece porque esse tratamento ataca células saudáveis e não saudáveis. No entanto, um tratamento natural usando microRNA teria uma abordagem mais direcionada.
“Precisamos absolutamente transformar isso em uma nova forma de terapia”, acrescentou Peter. Ele e sua equipe começaram a investigar maneiras de acionar o interruptor de eliminação do câncer. No entanto, ele observa que um possível tratamento pode levar décadas para ser desenvolvido.
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