A Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) emitiu um alerta de que uma tempestade geomagnética extrema nível 4 começou a atingir a Terra após o sol liberar uma poderosa explosão de energia.
Isso pode causar apagões de rádio, interrupções de satélite e problemas de GPS. Além disso, a tempestade também pode danificar ou interromper a rede elétrica, o que pode causar mais sofrimento à população dos Estados Unidos que tentam se recuperar das consequências devastadoras do furacão Milton.
Os alertas de tempestades G4 são raros, sendo este apenas o segundo emitido pela NOAA desde 2005. Aries Dela Cruz, porta-voz da Gestão de Emergências da Cidade de Nova York, disse: “Estamos monitorando os efeitos, mas o público não precisa tomar nenhuma ação neste momento. Obviamente não queremos alarmar as pessoas. Só queremos que elas não fiquem surpresas se o Google Maps delas parar de funcionar ou algo assim.”
A mancha solar AR3848 — uma região escura e de rápido crescimento com fortes campos magnéticos na superfície do Sol — produziu uma forte erupção solar de classe X1.8, que pode provocar apagões e sobrecarregar a rede elétrica.
As erupções solares são explosões poderosas de radiação que vêm de uma liberação de energia magnética associada a manchas solares. Elas são os maiores eventos explosivos no sistema solar.
Após a erupção da explosão solar, uma segunda explosão de partículas de alta energia e plasma solar fez uma linha direta para a Terra. Isso é chamado de ejeção de massa coronal, ou CME.
O CME é o que está causando a tempestade G4.
Ele avançou em nossa direção a aproximadamente 1.200 a 1.380 quilômetros por segundo e atingiu a Terra provocando uma perturbação na magnetosfera, a região do espaço ao redor do nosso planeta que é dominada por seu campo magnético. Essa interrupção é conhecida como tempestade geomagnética.
Tempestades geomagnéticas também podem causar exibições deslumbrantes de aurora em latitudes anormalmente baixas, e elas poderão ser visíveis em grande parte do hemisfério norte do planeta, de acordo com a NOAA.
UPDATE! CME passage intensified; things are favorable for G4 levels to potentially continue into night hours. Keep space weather aware at https://t.co/YLUbTRM02y for the latest. We take actions to notify officials and critical infrastructure operators, so you can enjoy the aurora pic.twitter.com/uvZ7Ju0ps8
— NOAA Space Weather Prediction Center (@NWSSWPC) October 10, 2024
Embora esses eventos sejam raros, esta não é a primeira tempestade geomagnética de alta intensidade a ocorrer neste ano. Em maio, a Terra experimentou a mais forte tempestade solar em duas décadas quando uma tempestade G5, ou “extrema”, atingiu. Isso desencadeou uma das mais fortes exibições de auroras já registradas nos últimos 500 anos.
A atividade solar desta semana se soma às evidências crescentes de que o sol entrou no máximo solar, o período durante seu ciclo de 11 anos em que a atividade solar está no pico.
Em 2019, os cientistas previram que o máximo solar começaria por volta de julho de 2025. Mas, à medida que a atividade do sol aumentava ao longo de 2024, ficou claro que esse pico chegaria muito antes do esperado, levando os especialistas a revisar sua previsão.
O sol já lançou 41 explosões solares de classe X neste ano. Isso é mais do que ocorreu nos últimos nove anos combinados, de acordo com spaceweather.com. Em um ano normal, erupções solares de classe X ocorrem apenas cerca de 10 vezes.
O máximo solar pode durar pelo menos mais um ano, então podemos esperar ver muito mais erupções solares intensas, CMEs e tempestades geomagnéticas atingindo nosso planeta em 2025.
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