Casal revela detalhes de ‘férias do inferno’ no qual cerca de 1.100 turistas ficaram gravemente doentes

Um casal que faz parte do grupo de turistas que entrou com uma ação coletiva contra a empresa TUI explicou o que aconteceu em suas “férias infernais” em Cabo Verde, na África em um hotel 5 estrelas.

A agência de viagens e companhia aérea, sediada no Reino Unido, está enfrentando uma ação judicial movida por turistas que visitaram a ilha africana e adoeceram com graves problemas gástricos nos últimos três anos, com o total de requerentes ultrapassando 1.000 pessoas.

Entre as doenças, incluem E. coli, salmonela e shigella — uma infecção bacteriana potencialmente fatal — e afetaram viajantes de até três anos de idade em sete hotéis diferentes na ilha.

Agora, os turistas estão determinados a descobrir por que tantas pessoas adoeceram, com o grupo de advogados Irwin Mitchell representando os clientes afetados.

Junto ao número enorme de clientes, está o casal Cordelia Plummer e Ian Waller, com a mulher de 56 anos revelando que ficou muito doente com sintomas como diarreia e vômitos enquanto deveria aproveitar uma viagem com tudo incluído reservada pela TUI.

Cordelia afirma que passou vários dias confinada em seu quarto depois de adoecer, e um clínico geral no Reino Unido suspeitou mais tarde que ela pudesse ter contraído shigella. Já Ian, que adoeceu vários dias depois, ainda sofre com alterações nos hábitos intestinais.

Relembrando como a viagem dos seus “sonhos” se transformou em férias infernais, Cordelia contou: “O que começou como dores de cabeça e uma sensação de náusea, se tornou o pior enjoo e diarreia que já tive. Acho que todo mundo já teve dor de estômago em algum momento, mas isso foi algo muito pior.”

O casal alega ter visto a comida descoberta e baratas perto das bancadas de sobremesas. “Nós dois tínhamos preocupações sobre a apresentação da comida, com alguns pratos não parecendo estar completamente cozidos ou o que parecia ser os mesmos pratos do almoço apareceriam novamente no jantar”, ela acrescentou.

“Enquanto estávamos no hotel, encontramos vários outros hóspedes que também disseram que estavam doentes com os mesmos sintomas que os nossos. Havia três senhoras mais velhas com quem falamos e um grupo de meninas mais novas também que disseram que estavam muito doentes.”, disse Cordelia.

“O número de histórias que vimos e ouvimos antes de voltar para casa e retornar ao Reino Unido é chocante.”

Falando sobre o processo coletivo, o advogado Jatinder Paul, que trabalha para Irwin Mitchell, explicou que a quantidade de turistas que visitaram hotéis na ilha e posteriormente adoeceram é “incrivelmente preocupante” e sugeriu que esses casos não foram “incidentes isolados”.

“Doenças gástricas podem resultar em problemas de saúde de longo prazo ou até mesmo em morte, e o medo é que isso possa terminar em tragédia se nada for feito para tratar as causas subjacentes”, acrescentou.

Imagem de Capa: Arquivo Pessoal





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