Você já teve a sensação que conforme envelhecemos, o tempo passa cada vez mais rápido? Esse fenômeno não é apenas uma impressão sua — a ciência tem explicações fascinantes para a maneira como percebemos o tempo ao longo da vida.
De acordo com o professor de engenharia mecânica Adrian Bejan, à medida que envelhecemos, nosso cérebro processa informações mais lentamente devido à crescente complexidade das redes neurais.
Portanto, quando somos mais jovens, nosso cérebro processa informações visuais e sensoriais de forma muito mais rápida. Dessa maneira, criando a impressão de que o tempo passa devagar.
“O cérebro recebe menos imagens do que foi treinado para receber quando era jovem”, explica Bejan.
Por isso, conforme nossos neurônios amadurecem e as conexões ficam mais densas, os sinais elétricos precisam percorrer distâncias maiores. Assim, reduzindo a velocidade de processamento.
Esse ritmo mais lento faz com que o tempo pareça passar mais rápido.
Outro fator importante é o equilíbrio entre rotina e novidade. Durante a infância, estamos experimentando muitas coisas pela primeira vez. Desse modo, essas novas experiências deixam memórias marcantes, fazendo com que o tempo pareça mais longo.
Contudo, na fase adulta, ficamos “presos” a rotinas, com dias que se misturam em semanas e meses. A falta de experiências novas significa menos memórias marcantes, criando a ilusão de que o tempo está acelerando.
A perspectiva psicológica
De acordo com a psicóloga Cindy Lustig, quando estamos envolvidos em muitas atividades ou focados intensamente em algo, o tempo parece se alongar. No entanto, quando mantemos uma rotina repetitiva, faz a nossa percepção mudar, e o tempo parece encolher.
Embora não possamos parar o relógio, podemos influenciar nossa percepção do tempo ao sair da rotina e buscar novidades. Bejan recomenda:
- Experimente coisas novas: Participe de atividades desafiadoras ou que sejam diferentes do comum.
- Surpreenda-se: Introduza elementos imprevisíveis no seu dia a dia.
- Viva o momento: Concentre-se no presente, em vez de ficar preso ao passado ou preocupado com o futuro.
“Temos muito controle sobre o que experimentamos ao longo do tempo”, destaca Lustig. Portanto, busque priorizar a atenção plena e explorar novas experiências. Dessa forma, pode te ajudar a aproveitar os momentos de forma mais intensa.
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