
Recentemente, a Universidade de Pequim, na China, realizou um estudo que sugere que o núcleo interno da Terra pode ter desacelerado, parado e até mesmo invertido sua rotação.
Essa mudança pode ter efeitos sutis, mas significativos, sobre o planeta, incluindo alterações climáticas e na duração dos dias.
Os cientistas analisaram dados de ondas sísmicas de terremotos ocorridos entre 1990 e 2021 para chegar a essa conclusão. O estudo, publicado na Nature Geoscience, indica que o fenômeno já aconteceu antes, com ciclos estimados de 70 anos.
Em 1970, foi registrada uma pausa semelhante na rotação do núcleo, assim, sugerindo um padrão recorrente.
Por que o Núcleo parou de girar?
O núcleo da Terra é composto de ferro e níquel sólidos, cercado por uma camada externa de líquido. Sua rotação é influenciada por fatores como:
- Interação com o campo magnético da Terra
- Forças gravitacionais do manto terrestre
- Variações na dinâmica das camadas internas do planeta
Dessa forma, podendo resultar em oscilações na rotação do núcleo, levando à desaceleração e possível inversão de movimento.
Como isso pode afetar a vida na Terra?
Apesar de parecer um evento drástico, especialistas afirmam que o impacto direto da pausa na rotação do núcleo é mínimo. No entanto, alguns efeitos podem ser observados a longo prazo:
Mudanças no campo magnético: O campo magnético da Terra protege o planeta da radiação solar e influencia sistemas de navegação e comunicação. Alterações nesse campo podem impactar essas tecnologias.
Modificação na duração dos dias: Pequenas variações na rotação podem influenciar a duração dos dias, mas essas mudanças são medidas em milissegundos e são praticamente imperceptíveis.
Impactos em fenômenos geológicos: As dinâmicas terrestres, como movimentação das placas tectônicas e atividades sísmicas, podem ser influenciadas pela interação entre o núcleo e o manto.
A desaceleração ou inversão da rotação do núcleo da Terra é um fenômeno que ocorre em ciclos naturais e, até o momento, não representa uma ameaça direta para a vida na superfície.
No entanto, os cientistas continuarão monitorando esses movimentos para compreender melhor suas implicações a longo prazo.
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