
Você masca chiclete frequentemente? Se sim, um novo estudo pode fazer você repensar esse hábito. Cientistas descobriram uma ligação preocupante entre o consumo de chicletes e o risco de câncer devido à presença de microplásticos.
De acordo com a pesquisa, uma pessoa que consome chiclete regularmente pode ingerir, sem saber, o equivalente a 15 cartões de crédito de plástico por ano.
O que diz o estudo?
O estudo intitulado Chewing Gums: Unintended Sources of Ingested Microplastics in Humans revelou que chicletes contêm microplásticos em sua composição. Durante a mastigação, esses materiais são liberados na saliva e acabam sendo ingeridos.
Portanto, pesquisadores analisaram diferentes marcas e tipos de chicletes, concluindo que cada grama pode liberar até 637 partículas de microplástico, sendo que 94% dessas partículas são liberadas nos primeiros oito minutos de mastigação.
Microplásticos e o risco de câncer
Ainda não existe uma conclusão definitiva sobre os efeitos dos microplásticos na saúde humana, inúmeras pesquisas sugerem que eles podem estar ligados ao desenvolvimento de câncer.
Estudos recentes realizados por pesquisadores da Califórnia indicam que a exposição prolongada a microplásticos pode estar relacionada ao aumento dos casos de câncer de cólon e pulmão.
“Nosso objetivo não é alarmar as pessoas, mas sim conscientizá-las. Ainda não sabemos exatamente o impacto dos microplásticos na saúde humana, pois não existem estudos clínicos conclusivos, mas sabemos que estamos expostos a eles no dia a dia”, disse o professor Sanjay Mohanty, da Universidade da Califórnia.
Impactos ambientais e conscientização
Além dos riscos à saúde, o descarte inadequado do chiclete também afeta o meio ambiente. “O plástico liberado na saliva é apenas uma pequena parte do que está presente no chiclete. Portanto, seja consciente e descarte o chiclete corretamente, em vez de jogá-lo no chão ou colá-lo em paredes”, reforça o professor Mohanty.
Portanto, é fundamental a conscientização sobre o impacto dos microplásticos. Desse modo, os consumidores podem fazer escolhas mais informadas. Enquanto novas pesquisas avançam para entender melhor os riscos, a precaução e o consumo moderado são recomendados.
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