Seu cheiro, ah, seu cheiro! Aqui no meu travesseiro, nas cobertas, na minha cama. Em mim, como se você ainda estivesse aqui. As paredes são as únicas testemunhas da falta que você está fazendo nesta noite em que não conseguiu vir. E eu já começo a admitir que não me imagino sem a sua adorável presença.
Começamos como quem não quer nada, fazendo aqueles joguinhos que se faz pra esconder a intenção; pra não deixar na cara que o que queríamos era um mergulho no mar dessa paixão. Interessante pensar que o início foi daquela maneira, um pouco atrapalhada, jeito que eu e você carregamos mesmo sem querer.
Somos dois desastrados, inconsequentes, apaixonados e entregues. Mortos de ciúmes por qualquer “Oi” que o outro receba, exigindo ser o centro das atenções do mundo um do outro. Ainda lembro bem daquela festa em que você pediu para eu voltar no final, pois era necessário que você finalizasse um assunto pendente. E eu, com o maior dos egos, encarei como um sonoro ‘Fora’.
Felizmente estava enganado e felizes fomos nós no dia em que álcool falou mais alto que nossos orgulhos e na magia de um beijo roubado essa história começou. Agora eu não preciso mais lhe roubar nada, estamos oficialmente entregues um ao outro. Talvez o seu coração que não pretendo devolver mesmo. Quero é ficar bebendo no mel dessa paixão.
Só espero que esse doce encanto não termine tão cedo.