As mulheres, mesmo as mais modernas, não conseguem fugir da pergunta: “do que eles gostam?”
E se questionam o que poderia ter de errado com elas mesmas. A verdade é que há sempre algo a mudar e algo sempre a manter. E vai variar, sempre.
Porque tudo é uma questão de gosto e circunstância. No fim, poucas coisas realmente valem a dor de cabeça. Aliás, nenhuma mudança em nós deve ser motivada por um homem, disso tenho certeza.
Acabe com a ideia de que as mulheres são indecisas e que os homens sabem o que querem.
Isso é mentira. Eles podem até dizer com muita convicção “quero uma morena”, mas se enrabichar perdidamente por uma ruiva. Uma prova disso é que vez ou outra eles pedem uma coisa de nós, mas quando damos isso, eles percebem que não era bem o que queriam.
Mas o que mais me irrita nas minhas percepções é descobrir o quanto os homens pediram e pedem por uma mulher X e, no fim, eles gostam é das Y. Vou me fazer entender. Eles dizem que querem as mulheres que sentam na mesa do bar com os amigos e conversam sobre futebol, dizem que isso é mulher de verdade, mas acabam preferindo as delicadinhas, mimosas e fofoletes.
Bem, nada contra, mas se o consenso anterior era que mulheres independentes eram mais interessantes, qual o sentido de fugir delas agora que elas existem? E se pedem uma mulher de jeitinho de boneca porque acabam as traindo com as mulheronas?? Eles querem o quê, afinal? E se não querem um “modelo” qualquer, não deveriam assumir isso e deixar rolar, sem rotular?
Eles dizem querer as modernas, que conversam sobre tudo, são amigas dos seus amigos, que não tem chilique e nem ataques de ciúmes. Eles dizem isso.
Mas é UMA FALSA VERDADE. O tempo me provou.
Para comprovar o que digo, algumas pesquisas sobre preferências masculinas sugerem que a preferência dos homens está ali, beirando a Kate Middleton. O que antes de tudo me faz querer dizer “NÓS TAMBÉM QUEREMOS O PRÍNCIPE!”. Pena, nós acabamos nos contentando com um sapinho. Eles idealizam mulheres, mas tem coisas que não vão acontecer.
HOMENS, não esperem que as mulheres que sentam na mesa com seus amigos, ouvem e riem das merdas que vocês dizem (inclusive as porcarias), faça charme sobre coisas cotidianas tipo, quem desliga o telefone primeiro (“desliga você, amor. Ah, não, desliga você, vai… AAH, você primeiro…”), e se fizerem com uma coisinha, não farão com o resto.
Não vai. Do mesmo jeito, não espere que a mulher ultra “feminina” que vai falar com voz fina e te chamar de nomes fofinhos aceite numa boa te abraçar suado naquele domingo passado no sítio. Tem coisas que não vão acontecer e que é uma questão de personalidade. De quem ela é.
Então, a ideia da Duquesa, da mulher refinada, culta, bem cuidada, que não bebe e que não fuma, mas é simpática, todos amam e que é parceirona de todos os momentos, sobe na moto pra viajar, vai participar do concurso de arroto com seus amigos (ou assistir) é uma ilusão.
“Quem é a mãe e não a dama da família real. Ou seja, uma mulher normal como essas aí do seu lado.”
A Duquesa, óbvio, possui responsabilidades que exigem dela publicamente, uma postura mais sóbria. Mas com o Príncipe ela vai assumir sua verdadeira personalidade. Vai demonstrar quem é a Kate, não a duquesa. Quem é a mãe e não a dama da família real. Ou seja, uma mulher normal como essas aí do seu lado.
Sinto dizer, que embora digam que não, muitos dos homens de hoje tem medo e se assustam com as mulheres autoconfiantes, poderosas e autênticas. Eles não sabem lidar com as mulheres que deixaram a sombra e assumiram as rédeas de sua própria vida.
Eles, coitados, foram criados por um mundo em que eles tem um monte de deveres sobre nós, inclusive de nos controlar. Eles até querem, admiram e se orgulham das conquistas, mas tem medo de quem eles serão com mulheres poderosas ao seu lado.
Ainda bem que esse “eles” não significa todos. Tem essa parcela maravilhosa e bem-vinda dos homens que, não apenas sabe lidar conosco, as poderosas, mas percebe que, por ter nos conquistado, pode se sentir ainda melhor. Tenho para mim que esses são os verdadeiros homens do século XXI, o resto é resto. Eles percebem que conquistar uma mulher poderosa significa que ele é realmente bom o suficiente para nós.
E tem que ser assim. De molecagem a gente já está de saco cheio.
Não queremos príncipes, mas fazemos questão de homens parceiros, que não se intimidam, que sabem caminhar lado a lado. Fazemos questão de sermos felizes. De sermos nós mesmas. Sem precisar engolir sapo de ninguém.
Não entendemos o prazer em se ter ao lado alguém que não nos acrescenta. Nós sabemos onde ir, o que procurar e que o trazer para nossa vida. Isso é ter decisão. São muitos deles que ainda estão vivendo essa síndrome terrível de não saber o que se quer.
Por: Thainá Targino
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