
A reprise da novela Tieta, exibida atualmente pelo canal Globo, resgata não apenas uma das personagens mais icônicas da teledramaturgia brasileira, mas também um símbolo atemporal da mulher que ousa ser livre em uma sociedade que ainda carrega resquícios de moralismo seletivo.
Baseada na obra de Jorge Amado, a história da jovem expulsa da fictícia cidade de Santana do Agreste por ser “ousada demais” ganha novos contornos no Brasil de hoje — um país que mudou, mas que ainda se vê às voltas com os mesmos julgamentos e contradições.
Fascínio muito além do enredo
Tieta retorna anos depois ao seu vilarejo natal — rica, glamourosa e misteriosa. Sua presença abala as estruturas da cidadezinha moralista, povoada por personagens que escondem seus próprios desejos sob o verniz da tradição.
É impossível não se encantar com a forma como a protagonista, interpretada com maestria por Betty Faria, desafia as normas e vira do avesso a hipocrisia social — tudo com charme, humor e uma sensualidade que não faz cerimônia.
Tieta é recebida com carinho no retorno a Santana do Agreste — Foto: Globo
Ela representa o que muitas mulheres ainda lutam para ser: donas de si mesmas. E é nesse ponto que sua figura se conecta com realidades contemporâneas — mulheres reais, de carne e osso, que fazem escolhas que nem sempre agradam a todos, mas que as libertam de conceitos implacáveis com o ser feminino.
Julgada por viver sua liberdade
Desde os primeiros capítulos, Tieta já se desenha como uma figura que incomoda — não por fazer algo de errado, mas por não seguir o script tradicional.
Foto para celebrar o Dia das Mulheres — Crédito: Anna Shvets
Ela vive sua sexualidade sem culpa, desafia o poder dos homens da cidade e ocupa os espaços com muita confiança.
Quantas “Tietas” vivem hoje em nosso meio, mesmo que sem a trilha sonora marcante ou os figurinos exuberantes? Aquelas que escolhem sua própria rota profissional, seu estilo de vida, sua aparência, seu prazer?
E quantas, mesmo na Era da Informação, ainda são alvos de olhares atravessados ou julgamentos silenciosos por simplesmente decidirem ser?
À mulher contemporânea: plena autonomia!
É justamente nesse ponto que empresas como o Musa Class entram em cena. O site se tornou referência em divulgar perfis de mulheres autônomas, que atuam como acompanhantes em diversas cidades do Nordeste do Brasil.
Elas, como Tieta, são donas de seus corpos, de suas vontades e do modo como querem viver.
“Um ‘Viva!’ às mulheres cujo estilo reflete a força de decidir sem se justificar.”
Muitas dessas mulheres estão presentes em cidades como João Pessoa e Teresina, oferecendo seus serviços com sofisticação, descrição e segurança — sem se curvar ao preconceito.
Quem busca por acompanhantes João Pessoa ou acompanhantes Teresina pode se deparar com perfis variados, cheios de personalidade, elegância e autonomia. Mulheres que, assim como Tieta, não se escondem e não se explicam.
Protagonismo feminino que acontece na prática
Empresas como o Musa Class são um espelho para a nova realidade: a da mulher que é independente na sua jornada. São profissionais que decidem com quem querem estar, como querem trabalhar e qual imagem projetarão.
Essa liberdade, no entanto, não é isenta de desafios. O estigma social ainda pesa.
Há quem veja com olhos enviesados a mulher que monetiza sua sensualidade, como se isso invalidasse outras dimensões de sua personalidade.
Mas o que Tieta nos ensina — e o que sites como o Musa Class refletem — é que não existe um único modelo de mulher respeitável. A respeitabilidade não está na forma de ganhar a vida, mas na dignidade com que se vive.
Quando o poder muda de mãos
Tieta volta à sua terra e compra o silêncio, a admiração e até o desejo daqueles que antes a repeliram.
Há uma ironia poderosa nessa narrativa: a mulher que foi expulsa por “escandalizar” retorna como figura de poder, fazendo todos baixarem seus olhos — não de reprovação, mas de extremo fascínio.
E não é isso o que vemos acontecer com tantas mulheres que hoje, mesmo diante de críticas, seguem construindo caminhos próprios em cidades como João Pessoa?
Não por acaso, cresce a procura por acompanhantes João Pessoa que ofereçam não apenas beleza, mas inteligência, maturidade e sofisticação.
Quebrando paradigmas no Nordeste
O mesmo ocorre em Teresina. Numa região onde ainda há um certo conservadorismo, são justamente essas mulheres que têm transformado a percepção sobre o que é ser acompanhante.
Ao buscar por acompanhantes Teresina, o que se encontra são perfis que rompem estigmas e provam que sensualidade e profissionalismo podem, sim, andar de mãos dadas com elegância.
Tieta: arquétipo de mulher liberta
É curioso perceber como o tempo passou, mas Tieta ainda soa atual.
A personagem não envelheceu — ela foi, na verdade, ressignificada. Hoje, pode ser encontrada na empresária que deixou tudo para empreender sozinha, na jovem que rompeu com a família a fim de viver sua identidade, ou naquela mulher que, com autoestima elevada, escolhe viver como acompanhante de luxo com elegância e muito orgulho.
A novela não é apenas entretenimento. É espelho e farol. E cada vez que revisitamos a história, entendemos um pouco mais sobre a importância de defender a liberdade de ser quem se é — seja nas ruas de uma pequena cidade fictícia do sertão ou nas vitrines digitais de plataformas como a Musa Class.
A hipocrisia revelada pelo brilho
A figura da mulher que comercializa sensualidade jamais foi alheia à história da humanidade.
Ilustração: Meretrizes da era clássica tinham status social elevado
Na Roma Antiga, por exemplo, a prostituição não só era legalizada, como amplamente integrada ao cotidiano urbano. Prostitutas — chamadas de meretrices — pagavam impostos, tinham registros públicos e exerciam seu trabalho com certa liberdade, ainda que sempre colocadas em uma posição social marginal.
Curiosamente, algumas delas prestavam culto à deusa Vênus, associada ao amor, à fertilidade e ao prazer, numa espécie de sacralização daquilo que a moral pública fingia condenar, mas consumia com avidez.
Na mesma Roma, havia inclusive bordéis supervisionados pelo Estado, e esses locais podiam funcionar perto de banhos públicos e tavernas, demonstrando que o desejo, embora reprimido em discursos, era institucionalizado na prática.
A prostituição era um componente funcional da sociedade, regulando os impulsos masculinos e servindo como válvula de escape em uma estrutura social patriarcal.
Mais adiante na história, a própria Igreja Católica, que por séculos ditou normas morais no Ocidente, também teve momentos em que tolerou — e até regulamentou — a prostituição.
No século XIII, por exemplo, a prostituição era vista como um “mal necessário”. Algumas dioceses cobravam taxas de funcionamento de bordéis, e teólogos justificavam sua existência como um mecanismo de controle social: melhor que os homens pecassem com prostitutas do que corrompessem virgens ou esposas.
A lógica era, mais uma vez, convenientemente hipócrita.
O eco de Tieta ainda reverbera
Esses exemplos históricos apenas escancaram aquilo que Tieta, a novela, e as acompanhantes da atualidade denunciam com sua simples existência: a falsa moral é, muitas vezes, a cortina que esconde os desejos reprimidos, as conveniências sociais e o interesse por poder.
A marginalização de mulheres que trabalham com seu corpo serve para manter um controle simbólico sobre elas — enquanto o consumo dos serviços, muitas vezes, constante e silencioso, só opera em bastidores.
No fundo, a sociedade sempre teve suas “Tietas”. O que muda é o nome, o figurino e o contexto.
Hoje, elas estão na TV, nas redes sociais, plataformas digitais. Continuam sendo desejadas, julgadas, admiradas e atacadas — tudo ao mesmo tempo. E seguem com a cabeça erguida, porque conhecem seu valor e não esquecem que a liberdade é um preço caro, mas que vale a pena se pagar.
Conclusão: a plenitude é seu legado
No fim das contas, talvez o maior trunfo de Tieta seja escancarar a hipocrisia social com muita leveza e bom humor.
Ela mostra como os “bons costumes” muitas vezes escondem segredos, desejos reprimidos e até corrupção.
Tieta, com seu brilho e ousadia, tira as máscaras de todos.
Os profissionais do sexo contemporâneos fazem o mesmo — com outras ferramentas, em outros contextos, mas com o mesmíssimo efeito.
Elas ocupam um espaço que antes era invisível, e hoje se apresentam com autenticidade.
Imagem: DepositPhotos
Como Tieta, elas existem para dizer: não somos o que dizem sobre nós, somos o que preferimos ser.