Sabe aquele dia típico em que a gente acorda cansada do mundo? É bem aquele dia típico em que a gente percebe que nós mesmas já somos mais que suficientes para preencher nossos próprios espaços.
“(…) a errada é a gente, a mãe, a tia, o cachorro, mas raramente o errado é o verdadeiro culpado: ele.”
Com os relacionamentos anteriores aprendi que: ainda prefiro uma tarde em Ibiza a uma tarde (mal) acompanhada. Isso porque a gente só enxerga que um relacionamento não era tão bom assim, quando sai dele. E até lá, a errada é a gente, a mãe, a tia, o cachorro, mas raramente o errado é o verdadeiro culpado: ele.
E às vezes, a vida já estava excelente antes dele chegar, mas a gente não tinha percebido, e acha que vai ser uma porcaria se ele for embora. A verdade é que não vai. Às vezes, vai ser até melhor: não vai mais existir necessidade de não dançar com as amigas na balada, por receio do que ele vai pensar; não vai haver ninguémte julgando por descer a serra em pleno feriadão e ir à praia, ao invés de ir ao cinema ou a alguma coisa mais cultural; não vai haver a necessidade de explicarporque chegou em casa duas da manhã em pleno sábado, por que afinal, que mal há nisso?
A vida sempre foi boa assim, você só não percebeu.
Que mal há em dançar na balada? Que mal há em ir à praia em pleno feriado? E nem vamos comentar sobre chegar em casa as duas da manhã, porque desde que você seja maior de idade ou que seus pais liberem, é totalmente permitido.
Relacionamento é a “relação afetiva, profissional ou de amizade entre pessoas que se unem com os mesmos objetivos e interesses”. E por que é que a gente insiste em se relacionar com gente que só nos atrasa?
Diferentemente do que a gente vê em novelas, relacionamentos só vão dar certo quando você souber quem você é sem a pessoa. Porque aí, ah, querida, aí ela só completa, só agrega. E se sem ela você já é uma das pessoas mais felizes do mundo, não vai ser difícil espalhar e cultivar essa felicidade com alguém com os mesmos objetivos.
Opostos se atraem, sim, mas só até perceberem que não vale insistir em algo que não dá certo.
E se você está feliz com alguém que pensa ser oposto, acredite, você e ele não são tão diferentes assim.
Se sem ele é bom, mas com ele é ótimo, vocês realmente estão indo pelo caminho certo. E, quem sabe, uma tarde em Ibiza não seja de comum acordo. Ame-se primeiro, ame-o depois.
Por: Júlia Rodrigues