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Anomalia magnética do Atlântico Sul está se dividindo em duas, revela professor da USP

A Anomalia Magnética do Atlântico Sul (AMAS) está passando por uma transformação significativa, conforme observado pelo professor Ricardo Trindade, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP).

Desse modo, o professor revela que a AMAS, a maior anomalia do campo magnético terrestre atualmente, está se dividindo em duas partes distintas.

De acordo com o docente, a AMAS está se separando em duas regiões. Portanto, uma parte se posiciona na margem da África, enquanto a outra, se expande pela América do Sul.

No entanto, ele explica que a anomalia tem sido monitorada há muitos anos e existe há pelo menos 500 anos, inicialmente surgindo de forma reduzida na margem oeste da África.

Histórico e movimentação da anomalia

Trindade esclarece que a AMAS tem uma longa história, sendo um fenômeno presente na região há milhões de anos. Inicialmente localizada perto da Namíbia e da África do Sul, a anomalia começou a se mover para o oeste, atravessando o Atlântico Sul e chegando ao Brasil na década de 1940, onde começou a aumentar sua superfície.

“A gente tem algumas medidas que permitem dizer que essa anomalia está por aí, andando, entre a África e a América do Sul há milhões de anos”, disse o professor.

A origem da AMAS está ligada aos movimentos do núcleo interno líquido da Terra, composto essencialmente de ferro a cerca de 3.000 quilômetros de profundidade. Esse núcleo líquido tem correntes de convecção que geram o campo magnético observado na superfície.

Além disso, heterogeneidades em grandes profundidades na Terra causam a concentração de algumas linhas de campo magnético em certas regiões, incluindo a AMAS.

Implicações e riscos

Embora a AMAS não represente um risco imediato para pessoas na superfície, Trindade alertou sobre os danos potenciais para quem está em altitudes mais elevadas, como em voos intercontinentais ou estações espaciais. Nesses casos, há um aumento na quantidade de partículas de radiação solar.

“A radiação é reduzida à medida que você chega mais próximo da superfície e é realmente mais significativa em órbita”, explicou.

Além disso, a anomalia tem implicações importantes para os satélites e sistemas de comunicação. Os satélites que passam pela AMAS sofrem uma influência forte da radiação, o que pode causar falhas temporárias nos sistemas.

No entanto, os sistemas de georreferenciamento, como o GPS, possuem redundâncias que minimizem os impactos.

Imagem de Capa: Divulgação/Agência Espacial Europeia

Com informações: Uol

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