No mundo digital, onde a informação flui rapidamente e as vozes são amplificadas, o fenômeno das teorias da conspiração tem se mostrado uma realidade difícil de conter.
Recentemente, um exemplo dessa realidade surgiu com as acusações direcionadas a Kate Middleton, após seu anúncio corajoso sobre o diagnóstico de câncer.
Em um momento que deveria ser de apoio e compaixão, as plataformas de mídia social tornaram-se palco para a disseminação de teorias da conspiração, ataques pessoais e uma avalanche de desinformação.
Desse modo, Christopher Bouzy, aliado do Duque Harry, fez declarações controversas. Assim, alegando que as fotos recentes de Kate eram falsas e acusando o Palácio de participar de uma campanha de propaganda digna da “Coreia do Norte”.
“Lamento saber que Kate tem câncer, espero que ela se recupere totalmente. Mas também está claro que todas as três fotos anteriores dela eram falsas e o palácio tentou encobrir isso”, disse.
Tais acusações não apenas são infundadas, mas também desumanizam a princesa e desconsideram a gravidade de sua condição de saúde.
O médico Jonathan Reiner desafiou o diagnóstico de Kate, questionando sua autenticidade médica. “Com todo o respeito à Família Real, esse tipo de comunicado à imprensa não faz muito sentido do ponto de vista médico”, afirmou.
O professor de medicina da Universidade George Washington explicou que tais operações costumam ser precedidas por extensos exames de tomografia computadorizada e ressonâncias magnéticas.
Portanto, ele acrescentou que é altamente provável que a equipe cirúrgica tenha conhecimento da existência do câncer antes da operação.
Várias celebridades e comentaristas, incluindo Blake Lively e Kerry Katona, pediram desculpas por comentários imprudentes sobre Kate. Outros, como Kim Kardashian, foram pressionados a seguir o exemplo e se retratar publicamente, após postagens insensíveis.
Paddy Harverson, ex-porta-voz oficial de Kate e do Príncipe de Gales, testemunhou que o ataque online contra ela foi o mais grave que já viu. “É uma espécie de ciclo de destruição permanente”, disse ele
Imran Ahmed, especialista no combate ao extremismo online, responsabilizou as plataformas de mídia social por promoverem teorias da conspiração para manter o público engajado e gerar receita com publicidade.
Damian Collins, um parlamentar conservador que presidiu o comitê digital, cultural, de mídia e esporte do Commons, criticou as plataformas de mídia social por favorecerem conteúdo falso em detrimento das notícias confiáveis. Anneliese Dodds, presidente do Partido Trabalhista, também expressou preocupação com a especulação sobre a princesa, chamando-a de sombria e angustiante.
Imagem de Capa: Reprodução
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