Aprenda a se “desapaixonar” em 5 passos

Eu não gosto de você”. Essa é uma das frases mais difíceis de ouvir. Dói demais aceitar que a pessoa por quem estamos apaixonadas – seja pela companhia ou pelo amor incrível – deixou de nos desejar (ou nunca desejou). “Nessa hora vem com tudo o sentimento de desamparo que nos acompanha desde que deixamos o útero”, diz Regina Navarro Lins, autora de O Livro do Amor (editora BestSeller, R$ 35).

Porém, antes que você pegue outra caixa de lenços para se acabar de chorar, temos uma boa notícia: descobrimos um plano de ação que agiliza a sofrida e assustadora missão de se desapaixonar.

META 1: PARAR DE IDEALIZAR O CARA

Quando o amor não é correspondido ou mesmo quando acaba, o melhor caminho para superar a decepção é desconstruir a idealização do outro e da relação. Não adianta só lembrar das qualidades e dos momentos incríveis do namoro.  “Uma pessoa apaixonada tende a exagerar”, sugere Ailton Amélio, professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. Segundo ele, um jeito simples de perceber isso é submeter a pessoa amada à avaliação dos seus amigos. “Eles enxergarão melhor defeitinhos que você talvez não veja”, diz.

META 2: CORTAR RELAÇÕES COM ELE

Um período de afastamento é importante para reconstruir a autoestima. Para a psicoterapeuta paulista Miriam Barros, depois de desabafar, chorar e esvaziar o sentimento, sair de cena (para cuidar de si mesma) pode ser oportuno para o processo de recuperação. “Acompanhar a vida do outro por meio de amigos em comum ou mesmo pelas redes sociais é uma forma de se retraumatizar”, adverte Miriam Barros.

META 3: ACEITAR QUE ACABOU!

Por que tantas músicas e filmes de amor nos estimulam a curtir a fossa? Na opinião da psicóloga e psicodramatista Cecília Zylberstajn, esse apego ao sofrimento amoroso é uma forma de se manter ligado ao outro, ainda que de modo unilateral. Para ela, o fundamental para cumprir esta meta é viver a realidade. “Muita gente se surpreende com os japoneses, pela velocidade com que reconstruíram as áreas devastadas pelo tsunami. A verdade é que eles não perderam tempo remoendo o passado.  Com o amor é a mesma coisa:  é preciso aceitar a realidade dos acontecimentos para lidar com eles”, pontua a especialista.  O luto é mesmo necessário, mas você não deve  usar preto para  sempre. Alguns dias serão piores  que outros. Aceitar isso ajuda  a reconhecer que o parceiro não a deseja mais, assim como entender que milhões passam por isso e que é normal (leia quadro acima).

META 4: ENXERGAR O FIM COMO OPORTUNIDADE

Outra medida que ajuda muito é “regular” sua perspectiva da relação. Pense o seguinte: uma relação amorosa bem-sucedida traz as vantagens da companhia  e do sexo. Por outro lado,  uma relação problemática pode potencializar suas neuroses. Será que o seu romance trazia realmente benefícios para você? Ao refletir para responder a esse questionamento, talvez você percebe que o fim da relação é, na verdade, uma oportunidade de libertação e crescimento pessoal.

META 5: ABRIR-SE DE NOVO PARA A VIDA

Se cumprir as quatro metas anteriores, você já estará se sentindo muito melhor. Portanto, estará se sentindo apta a voltar para a vida, preencheendo o vazio deixado pelo ex. “Você precisa se programar para ocupar o tempo livre e preencher a agenda com atividades e companhias estimulantes”, aconselha Miriam. Por isso, bora fazer cursos, sair com as amigas, ir ao cinema… Isso aumentará as chances de conhecer alguém. Como diz o ditado, “amor com amor se cura!”

SOFRER É NORMAL E FAZ PARTE

Segundo especialistas, devemos respeitar a rejeição da mesma forma que respeitamos um relâmpago, ou seja, com naturalidade. Para tanto, é necessário que aceitemos que  a vida é feita de decepções.  Além disso, temos de parar de  buscar a felicidade a todo custo,  pois é isso que nos leva a nos sentir derrotadas quando um  amor não dá certo. E mais: o prazer sexual é uma das mais fortes sensações de satisfação que podemos viver… Portanto,   depois de experimentá-la uma vez, é natural que a gente  queira sempre! É por isso que  o amor ocupa o centro da vida de tanta gente, tornando-se  motivo frequente de frustração. E, de acordo com pensadores  como o filósofo best-seller  Alain de Botton, o único consolo para isso é saber que nosso sofrimento é normal e que outros também passam por isso!

Fonte: Viva Mais 





Relaxa, dá largas à tua imaginação, identifica-te!