Autocuidado: como e porque praticar esse ato de autoamor?

Você já parou para cuidar um pouco de si mesmo hoje?

Ter um estilo de vida saudável, boa alimentação, se exercitar e se conhecer são alguns dos pilares que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), compõem o conceito de autocuidado. Uma prática e um direito de todo e qualquer ser humano.

Mas, o que exatamente é autocuidar-se?

Esse pode até parecer um termo que está na moda (que bom!). Mas é claro que ele vai muito além disso. O autocuidado, segundo a OMS, é uma atitude que deveria ser praticada “24 horas por dia, 7 dias por semana”!

Autocuidado é olhar para si mesmo, para o que faz, pensa e sente. E a partir daí, adotar posturas e ações que tragam mais bem-estar em todos os sentidos. Autocuidar-se é ter responsabilidade e autonomia sobre nossa própria vida.

Quando fazemos escolhas diárias melhores e mais saudáveis (tanto fisicamente quanto mental e emocionalmente), promovemos a nossa qualidade de vida e contribuímos para a nossa saúde como um todo.

Dessa forma, estamos prevenindo desde doenças físicas, até distúrbios emocionais como a ansiedade, o estresse e melhorando a forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos.

E importante lembrar que isso não significa estar bem 100% do tempo. Não significa não ter problemas e também não significa que o autocuidado é uma pílula mágica que do dia para a noite resolve tudo. Mas é uma prática que precisa ser frequente e consistente para gerar melhorias.

Como falei acima, é uma escolha diária – e essencial – para quem quer ter uma vida com mais qualidade em todas as áreas.

Mas o dia a dia nos engole!

É fato que a rotina corrida e as demandas do dia a dia consomem muito do nosso tempo e energia. Vivemos tendo que dar conta de tantas coisas, que às vezes realmente não sobra tempo para cuidarmos de nós mesmos.

E aí mora um grande perigo! Não nos colocarmos como prioridade em nossa vida pode trazer consequências profundas, e que dão um certo trabalho para serem recuperadas.

Primeiro, quando não paramos para nos dar esse cuidado, muitas vezes estamos envolvidos em estresse, “apagando os incêndios”, projetando situações e problemas futuros que cada vez mais nos deixam ansiosos e/ou depressivos, desmotivados, saturados e esgotados.

Segundo, a falta de autocuidado reflete, cria e alimenta um ciclo de baixa autoestima. Pois toda vez que você não se cuida e não se dá esse tempo, você está “informando” inconscientemente ao seu sistema que você não é tão importante assim ou que todo o mundo externo é mais importante e vem primeiro que você!

Terceiro, você provavelmente já ouviu isso demais, mas ao não ter hábitos e rotinas saudáveis você está provocando um desequilíbrio no seu corpo físico capaz de gerar doenças e tantas outras complicações. Seja no agora ou no futuro!

E essa lista vai muito além disso! Por isso, o autocuidado é tão importante e até ganhou um dia internacional para nos lembrar disso.

Na verdade, praticar o autocuidado é mais que importante: é algo essencial!

Os benefícios de praticar o autocuidado:

Quando falamos em tirar um tempo para si ou se colocar como prioridade, muita gente acha que é egoísmo, besteira ou até “coisa de preguiçoso”.

É claro que nós vivemos em sociedade, nós temos as nossas responsabilidades nos diferentes papéis que desempenhamos e também as demandas (internas e externas). Mas cuidar-se é um hábito que pode promover inúmeras melhorias e benefícios – que inclusive nos fazem menos egoístas, produtivos e menos preguiçosos:

1. Previne doenças e promove o bem-estar físico geral:

Ao conhecer seu corpo, exercitá-lo, se alimentar bem, fazer acompanhamentos e não ignorar sinais de desequilíbrio, você previne o mau funcionamento do seu organismo, gasta menos com saúde e aumenta suas chances de viver mais e melhor.

2. Melhora a autoestima e autoconfiança:

Se cuidando você está reconhecendo o seu valor, as suas necessidades, tendo autocompaixão. Dessa forma, está entendendo os seus limites e como superá-los com firmeza e também, leveza. E assim, você alimenta o amor próprio e, consequentemente, se torna mais autoconfiante.

3. Melhora a qualidade de vida:

Ao praticar o autocuidado você deixa de viver sempre no modo “automático”, como se a vida fosse apenas resolver problemas e dar check nas obrigações. Você passa a ter mais consciência do que te faz feliz, do que repõe a sua energia e separa tempo para isso.

4. Melhora a produtividade e promove o sucesso:

É comprovado que pessoas felizes alcançam mais o sucesso do que pessoas que colocam a felicidade como consequência do sucesso. Por isso, ao se cuidar e promover a própria felicidade em doses diárias, você se sente mais motivado. Você fica mais criativo, menos estressado ou ansioso e, como consequência, tem mais chances de atingir o sucesso.

5. Melhora os relacionamentos:

Muitas vezes, estar rodeado das pessoas que amamos é algo que repõe a nossa energia. E isso também é um ato de autocuidado. Tirar um tempo para as pessoas que te motivam e elevam sua energia, e estar verdadeiramente presente na vida delas, também faz com que as relações melhorem e levem ainda mais bem-estar, autoestima e qualidade de vida.

Como praticar o autocuidado?

Confira essas dicas para estabelecer uma rotina mais saudável para sua vida como um todo!

Segundo a OMS, existem 7 pilares que sustentam esse conceito de autocuidado e que você pode inserir em sua rotina. E logo abaixo, nós listamos mais alguns (e dicas!) que consideramos base para uma vida com qualidade e equilíbrio também.

Pilares do autocuidado (OMS):

1. Informe-se sobre saúde

Busque informações confiáveis com profissionais, referências sérias e responsáveis e tenha conhecimento sobre como fazer as melhores escolhas e decisões para a sua saúde, tanto mental e emocional quanto física

2. Conheça a si mesmo

Tenha consciência do seu corpo e conheça os sinais que ele dá. Aqui também vale ressaltar que isso serve para os sinais físicos, mentais e emocionais e tudo o que te compõe.

3. Faça atividades físicas

Colocar o corpo em movimento é essencial para manter o equilíbrio e prevenir doenças. Sem contar que aumenta a liberação de hormônios que causam a sensação de bem-estar e felicidade.

4. Tenha uma alimentação saudável

As vitaminas, os minerais e grande parte dos nutrientes que precisamos para o bom funcionamento do nosso corpo vêm dos alimentos que ingerimos. Portanto, saber o que, pra quê, quanto e como você come é um ato de autocuidado que influencia diretamente na sua qualidade de vida

5. Evite riscos para a saúde

Evite – ou elimine – hábitos nocivos à saúde como o consumo excessivo de álcool, cigarro, alimentos industrializados e muito processados.

6. Tenha hábitos de higiene

Isso parece óbvio, mas é importante lembrar que cuidar da sua higiene pessoal é capaz de prevenir doenças. Além disso, um banho por exemplo, pode ser um ótimo momento para relaxar, refletir e se cuidar. Escovar os dentes pode se tornar um momento de meditação ativa… e por aí vai.

7. Use medicamentos de forma responsável

Eu vejo muita gente se automedicando sem conhecimento das consequências que os remédios podem trazer. É importante ter consciência daquilo que estamos utilizando, pois existem diversos efeitos adversos e desequilíbrios causados pelas substâncias ativas dos medicamentos que podem comprometer a sua saúde geral.

Atitudes extras de autocuidado que você pode (facilmente) praticar:

Além dessas práticas dos pilares acima, você também pode incluir práticas simples de autocuidado que farão toda a diferença, como:

  • Ter um hobby:

Faça coisas que lhe dão prazer – e que não sejam apenas deitar no sofá e ver TV por horas. Descubra atividades que realmente te completem, te façam sentir que o tempo passa mais rápido de tão prazerosas

  • Tenha uma vida social:

Mais uma vez, estar rodeado das pessoas que amamos e que nos fazem bem pode não só nos ajudar a tirar a carga do dia a dia, mas também desperta nosso sentido e necessidade de conexão, que é natural a todo ser humano. Nos sentirmos amados e apoiados libera hormônios e substâncias que trazem sensação de felicidade.

  • Rir:

Uma boa gargalhada pode ser terapêutica (por também liberar as “químicas” da felicidade), e te reconectar com coisas boas que existem em você. Portanto, não importa o meio – se divirta e ria bastante!

  • Se mime:

Se permita se dar momentos e experiências especiais (viajar, uma massagem, shiatsu, terapia), e até “coisas” que te façam sentir valorizado por si mesmo. Simplesmente por que você se sente merecedor de ter, ser e fazer o melhor.

  • Faça gestão do seu tempo e energia no trabalho:

Fazer planejamentos, estratégias e gerir suas atividades profissionais é super importante para aliviar as cobranças (externas e de si mesmo) e minimizar o estresse e ansiedade cada vez mais comuns em nossas vidas.

  • E por último, busque e pratique o autoconhecimento:

Conheça as suas emoções, seus condicionamentos, suas habilidades e qualidades, se conecte com os seus propósitos e sonhos. E se preciso, peça ajuda! Esse caminho é muito mais fácil quando compartilhamos.

Tudo isso te ajuda a não perder o equilíbrio diante dos desafios e viver uma vida que tenha um porquê acordar todos os dias.

Cuidar-se é um ato de amor com a pessoa mais importante da sua vida: VOCÊ!

Então, que tal começar a se dar pequenas doses desse autocuidado e ter uma vida com muito mais qualidade e felicidade?

Te desafio a começar hoje!

Por: Érika Rossi

Imagem de capa: Radu Florin em Unsplash





Érika Rossi é terapeuta ThetaHealer (com 4 certificações pelo THInK®), coach de liberdade emocional, certificada em Psicologia Positiva. Ajuda pessoas a despertarem o seu poder pessoal desbloqueando emoções e tudo aquilo que as impede de viver uma vida mais feliz. Formada em Farmácia-Bioquímica pela USP e experiência acadêmica na Aarhus Universitet (Dinamarca), trabalhou em 2 das maiores multinacionais farmacêuticas e hoje faz da sua paixão de ajudar e inspirar pessoas o seu trabalho atual. Acredita que a consciência e harmonia interna a nível mental, emocional, física e espiritual são capazes de gerar grandes trasnformações internas e nos permite realizar os nossos maiores sonhos.