Uma história de amor quando é verdadeira, as mudanças físicas e autoaperfeiçoamento nunca serão barreiras. A história de Marie e Tashina é um exemplo comovente de como o amor pode florescer mesmo em meio a desafios e adversidades.
Duas almas se uniram para formar um vínculo indestrutível entre Marie, uma mulher transgênero, e Tashina, uma mulher cisgênero, onde vivem um relacionamento que dura mais de duas décadas.
Durante grande parte de sua vida, Marie se apresentou ao mundo como Martín, no entanto, percebeu desde cedo que se sentia mulher. Embora ela tenha enfrentado intensa luta interna devido à sua criação em uma família católica, ela manteve sua verdadeira identidade de gênero em segredo por medo de rejeição.
Aos 15 anos, Marie conheceu Tashina na escola e, apesar das diferenças que enfrentaram, elas se apaixonaram profundamente. Tashina foi a primeira pessoa na vida de Marie a entender e apoiar sua verdadeira identidade.
No entanto, quando Marie finalmente revelou sua identidade transgênero para sua família durante seus anos de faculdade, o apoio que ela esperava infelizmente não veio. Em vez de encontrar aceitação e compreensão, Marie enfrentou rejeição e incompreensão, mas Tashina permaneceu fielmente ao seu lado, proporcionando conforto e amor incondicional.
Diante das adversidades e da falta de apoio familiar, elas decidiram enfrentar o mundo e em 2009 foram morar juntas em um quarto simples na Califórnia, Estados Unidos, onde encontraram a liberdade de viver suas vidas como realmente queriam.
Longe dos julgamentos e preconceitos da família, elas encontraram uma comunidade diversificada e atenciosa que as acolheu de braços abertos. Assim, aos 19 anos, Marie iniciou o tratamento com estrógenos e bloqueadores hormonais para sua transição de gênero.
Em julho de 2011, o casal decidiu formalizar seu amor por meio do casamento, embora também encontrassem obstáculos. Alguns funcionários do tribunal local tentaram impedir que a cerimônia acontecesse, mas uma juíza movida por sua história concordou em oficiar o casamento.
Hoje, 20 anos depois de se conhecerem, Marie e Tashina ainda estão juntas e tão apaixonadas quanto na juventude.
Embora se considerem heterossexuais, sua ligação vai além do gênero. “Achamos que somos a alma gêmea uma da outra. Ela é minha única constante em um mundo caótico. Estamos apaixonadas, em mente, corpo e alma. Nossa intimidade não é prejudicada por mudanças físicas”, disse Marie à Newsweek.
Imagem de Capa: Arquivo Pessoal