Cientistas alertam: Mais de 1 bilhão de pessoas podem viver no planeta sem serem contabilizadas

Você sabia que pode haver mais de 1 bilhão de pessoas vivendo no planeta Terra sem serem registradas oficialmente?

De acordo com um estudo publicado na Nature Communications, os dados populacionais globais podem estar extremamente subestimados, especialmente quando se trata de áreas rurais e regiões isoladas.

O problema silencioso dos “invisíveis” do planeta

Atualmente, estimativas oficiais apontam que existem pouco mais de 8 bilhões de pessoas no mundo. Projeções indicam que atingiremos 9 bilhões por volta de 2037. No entanto, os cientistas responsáveis pela pesquisa, alertam que esse número pode já estar ultrapassado – e por uma margem impressionante.

De acordo com a análise liderada por Josias Láng-Ritter, da Universidade Aalto, na Finlândia, comunidades que vivem em regiões de difícil acesso, áreas de conflito ou com barreiras linguísticas são frequentemente deixadas de fora dos censos oficiais.

Dessa forma, essas pessoas tecnicamente “não existem” para governos e organizações que dependem dessas estatísticas para tomar decisões.

Como os cientistas descobriram esse erro gigantesco

A equipe analisou dados de 307 projetos de barragens em 35 países diferentes. O foco estava nas populações que foram realocadas após esses projetos. Portanto, ao comparar os números registrados antes e depois das remoções, os pesquisadores identificaram lacunas significativas.

Em alguns casos, as populações foram subestimadas em mais de 80%. No geral, os dados indicam que a subcontagem varia entre 53% e 84%, dependendo da região e da metodologia aplicada.

O que isso significa para o mundo

Se o planeta tiver muito mais pessoas do que imaginamos, a descoberta levanta questões urgentes. Os dados populacionais são usados para planejar políticas públicas, infraestrutura, transporte, saúde, educação e distribuição de recursos.

Dessa maneira, podendo prejudicar diretamente as comunidades vulneráveis, que já enfrentam desafios por estarem afastadas dos centros urbanos.

Ignorar essas populações não é apenas um erro estatístico. É uma falha que compromete o acesso dessas pessoas a serviços básicos e à representatividade política.

Corrigir essa disparidade pode mudar drasticamente como governos e instituições internacionais distribuem investimentos e ajuda humanitária.

Além disso, o estudo sugere a necessidade de reformular completamente a forma como censos populacionais são conduzidos, incluindo tecnologias mais modernas e métodos que considerem as realidades específicas das zonas rurais e isoladas.

Imagem de Capa: Canva





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