Recentemente, a IndiGo, maior companhia aérea de baixo custo da Índia, está inovando ao testar um novo recurso. Dessa maneira, passageiras poderão reservar assentos ao lado de outras mulheres, oferecendo mais conforto e segurança durante os voos.
A medida, que destaca assentos ocupados por mulheres em rosa no mapa de assentos, visa proporcionar uma experiência de voo mais tranquila para as passageiras que preferem evitar sentar-se ao lado de homens.
O processo de reserva da IndiGo segue um formato padrão, porém terá uma diferença na cor dos assentos. Portanto, a cor rosa indicará no mapa os assentos ocupados por mulheres.
Esta informação, no entanto, é visível apenas para passageiras do sexo feminino. Passageiros do sexo masculino não têm acesso a essa visualização diferenciada, segundo a companhia. A IndiGo começou a testar essa nova funcionalidade em maio, em todos os seus voos.
De acordo com o CEO da IndiGo, Pieter Elbers, a nova opção tem sido bem recebida, tanto por passageiras quanto no cenário internacional. Durante uma entrevista à CNBC, Elbers mencionou que a tecnologia atual possibilita iniciativas como esta, que anteriormente seriam difíceis de implementar.
A introdução deste recurso ocorre em meio a crescentes queixas de passageiros de todos os gêneros sobre o comportamento inadequado de homens durante os voos, principalmente sobre “manspreading”.
Este termo descreve quando homens ocupam mais espaço do que o necessário ao manter as pernas afastadas.
A iniciativa da IndiGo é, portanto, uma tentativa de criar um ambiente mais confortável e seguro para as passageiras. Assim, atendendo a uma demanda crescente por medidas que aumentem o bem-estar durante o voo.
Controvérsias e críticas
Apesar da aceitação positiva entre muitas passageiras, o recurso também gerou críticas, especialmente nas redes sociais. Portanto, alguns usuários questionaram como a política se aplicaria a pessoas que se identificam como não binárias.
Dessa maneira, sugerindo que o recurso poderia ser considerado sexista e discriminatório.
Outros destacaram que a medida ignora a possibilidade de mulheres também serem predadoras, levantando debates sobre a eficácia e justiça da política.
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