“Comportamento anti-social”: porque a Geração Z luta para fazer e manter amizades?

De acordo com pesquisas feitas por diversas instituições, a Geração Z (aqueles nascidos entre 1997-2012) está tendo uma grande dificuldade em fazer amigos e mantê-los. Na raiz desse problema, dizem os especialistas, estavam os bloqueios e restrições do COVID-19 impostos no auge da pandemia.

Dessa forma, as restrições impostas no auge da pandemia proibiram ou restringiram o trabalho no escritório ou no local de trabalho. Assim como a frequência escolar ou universitária pessoalmente, causando um impacto significativo nos círculos sociais dessa geração, assim como em suas habilidades sociais.

As gerações anteriores tradicionalmente consideravam a escola e o trabalho como “experiências compartilhadas consistentes” para jovens adultos. No entanto, essas instituições deixaram de cumprir esse propósito.

“Muitas pessoas, especificamente a Geração Z, que estão entrando no mercado de trabalho, não tiveram necessariamente a experiência de fazer amigos da maneira típica. Estão começando um novo emprego pela primeira vez onde não conhecem ninguém”, disse a Miriam Kirmayer, psicóloga clínica e especialista em amizade à BBC.

O efeito contínuo dessa interação ausente no local de trabalho pessoal significou que a Geração Z não apenas enfrentou alguns anos com pouca ou nenhuma rede social em um momento formativo de suas vidas.

Entretanto, descobriu que muitas habilidades sociais necessárias para fazê-lo agora, na era pós-pandêmica, simplesmente não foram formadas.

Lilly, uma jovem de 23 anos que se formou na universidade durante a pandemia, relatou que quase se esqueceu de como conversar com alguém novo, devido ao ensino remoto e à falta de interação pessoal.

Para a Geração Z, o futuro das amizades aponta para a promoção de modos alternativos de conhecer novas pessoas e manter essas amizades, como o uso de aplicativos e redes sociais.

Imagem de Capa: Canva





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