Nesta sexta-feira (2), Beatriz Souza, aos 26 anos, conquistou a primeira medalha de ouro para o Brasil nas Olimpíadas de Paris 2024. A judoca enfrentou e venceu a israelense Raz Hershko, número 2 do ranking mundial, na final da categoria acima de 78 kg, marcando um waza-ari.
Natural de Itariri (SP) e criada em Peruíbe (SP), Beatriz começou no judô por influência do pai, um judoca aposentado.
Antes das Olimpíadas de Paris, Beatriz enfrentou a perda da avó materna, um momento difícil que poderia ter abalado seu desempenho. No entanto, ela se manteve firme em sua jornada rumo ao pódio, transformando o luto em motivação.
Nos Jogos Olímpicos de Paris, Beatriz teve um desempenho excepcional. Na sua estréia, venceu Izayana Marenco, da Nicarágua, logo em seguida, conquistou uma vitória sobre Kim Hayun, da Coreia do Sul, nas quartas de final.
Na semifinal, Beatriz derrotou a francesa Romane Dicko, garantindo sua vaga na final, onde conquistou o ouro contra Raz Hershko.
ELA VENCE A 1 DO MUNDO.
ELA VENCE A 1 DO MUNDO QUE TAVA LUTANDO EM CASA.
ELA VENCE A 1 DO MUNDO QUE TAVA LUTANDO EM CASA COM GINÁSIO LOTADO.
ELA VENCE A 1 DO MUNDO QUE TAVA LUTANDO EM CASA COM GINÁSIO LOTADO E VAI PRA FINAL DO JUDÔ.
BEATRIZ SOUZA! 🇧🇷pic.twitter.com/IZpnPoylAI
— Empório do Esporte Feminino (@emporiodoef) August 2, 2024
Quem é Beatriz?
Beatriz nasceu em Itariri (SP), mas foi em Peruíbe que iniciou seus treinos aos sete anos, inspirada pelo pai. Treinando na Associação de Judô Budokan, Beatriz se destacou desde cedo.
“O pai dela já treinava e colocou ela desde pequena. Por ela ser muito grande, sempre treinou com os adultos”, contou o professor de judô Yago Lucas dos Santos.
Contudo, aos 15 anos, ela se mudou para São Paulo para se dedicar mais intensamente ao esporte.
Beatriz Souza acumula diversos títulos ao longo de sua carreira. Em 2023, foi eleita a melhor judoca do ano pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB). Sua lista de conquistas inclui duas medalhas de prata em campeonatos mundiais, uma em Budapeste (2017) por equipes mistas e outra em Tashkent (2022) no individual.
Além disso, possui quatro medalhas de bronze em competições mundiais e várias outras em Jogos Pan-Americanos.
Durante a semifinal olímpica, Beatriz enfrentou a francesa Romane Dicko, número 1 do mundo, em uma luta acirrada. Desse modo, garantiu sua vaga na final contra Raz Hershko. Beatriz dominou a luta, marcando um waza-ari e garantindo a vitória.
MOMENTO EM QUE A BEATRIZ SOUZA GANHA MEDALHA DE OURO 🥹 EMOCIONANTE DEMAIS, GUERREIRAAA 🇧🇷 pic.twitter.com/ly9tXc46iS
— thomaz (@thisdracarys) August 2, 2024
Após conquistar a medalha de ouro, Beatriz emocionou-se ao falar com a família. “É inexplicável. É uma das melhores coisas do mundo. Eu consegui. Deu certo, mãe. Eu consegui. Foi pela avó. É para a avó, mãe. Eu amo vocês mais do que tudo. Eu amo vocês. Obrigada”, disse a judoca em lágrimas.
Beatriz Souza perdeu a avó materna há um mês. A avó ajudou a criar ela.
Beatriz prometeu ser a melhor judoca da olimpíada para homenagear a avóAvó da Bia, onde é que a senhora esteja, certamente no céu, muito obrigado. pic.twitter.com/TlOeU4X330
— Joel Paviotti (Iconografia da História) (@IconografiaDH) August 2, 2024
Imagem de Capa: Beatriz Souza