Após bater o recorde dos 200m rasos na categoria master feminina, a corredora Valentina Petrillo vira polêmica no mundo dos esportes.
Valentina Petrillo é uma velocista que passou por um processo hormonal de mudança de sexo, desse modo, levantando questionamentos sobre a sua participação em competições esportivas femininas.
Valentina competiu na categoria master, destinada a atletas com mais de 50 anos. Dessa forma, conquistou oito campeonatos italianos desde que começou a disputar competições femininas.
No entanto, seu desempenho tem sido contestado por especialistas e outras atletas. Elas alegam que sua estrutura física masculina lhe confere uma vantagem injusta sobre as outras competidoras.
“A proeza de Petrillo nas competições atléticas femininas dificilmente é digna de elogios, já que, se competisse na corrida masculina, a marca não estaria nem no top 10 dos recordes”, disse o estatístico Marco Alciator.
Mais de 30 atletas italianos assinaram um abaixo-assinado levantando a questão da superioridade física de Valentina e pedindo uma avaliação mais rigorosa dos atletas transexuais.
“Não nos sentimos iguais, justamente porque a estrutura física [de Petrillo] é masculina. Portanto, não estamos correndo de igual para igual. Embora o caminho [pessoal] que Valentina tomou seja respeitável… atleticamente falando não é, e por isso nos sentimos muito discriminados”, afirmou Cristina Sanulli, que ficou em segundo lugar.
As questões éticas e regulatórias em torno da participação de atletas transexuais em competições esportivas têm sido discutidas em todo o mundo.
Em muitos casos, as regras permitem que atletas transexuais participem de competições femininas após um determinado período de tratamento hormonal. No entanto, há preocupações de que essa regra possa dar a alguns atletas uma vantagem injusta sobre outros competidores.
Imagem de Capa: Valentina Petrillo