Nesta segunda-feira (20), Donald Trump retornou à presidência dos Estados Unidos e rapidamente anunciou medidas que impactam profundamente tanto a política interna quanto a internacional.
Suas ordens executivas, assinadas logo após a posse, reacenderam debates e dividiram opiniões dentro e fora do país.
Aqui está um resumo das decisões mais controversas de Trump e suas potenciais consequências:
1. Perdão aos condenados pela invasão ao capitólio
Cerca de 1.500 pessoas receberam perdão presencial de Trump após serem presas por sua participação na invasão ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021. Entre os beneficiados estão líderes de grupos extremistas, como Stewart Rhodes (Oath Keepers) e Enrique Tarrio (Proud Boys).
Dessa forma, gerando reações intensas no meio político e jurídico, já que desconsidera anos de investigações e julgamentos conduzidos pelo sistema judiciário dos EUA.
Além disso, fortalece a narrativa de Trump sobre o incidente, retratando os invasores como “vítimas de perseguição política”. Portanto, especialistas alertam que isso pode enfraquecer a confiança nas instituições democráticas.
2. Emergência na fronteira com o México
Com intuito de conter a imigração ilegal, Trump declarou emergência nacional na fronteira com o México. Essa medida autoriza o envio de tropas e a liberação de recursos para reforçar a segurança na região.
Embora Trump tenha defendido a ação como necessária para proteger os interesses nacionais, críticos apontam que a medida pode agravar a crise humanitária na fronteira. A presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, já declarou que buscará diálogo com o governo americano para evitar danos diplomáticos.
3. Retirada do Acordo de Paris
O presidente ordenou a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris, comprometendo a agenda global de combate às mudanças climáticas. Além disso, revogou medidas ambientais implementadas por Joe Biden, liberando a exploração de petróleo em áreas protegidas e incentivando a extração mineral.
De acordo com especialistas, com os EUA entre os maiores emissores de gases de efeito estufa, essa decisão pode dificultar o alcance das metas climáticas globais, prejudicando a luta contra o aquecimento global.
4. Saída da Organização Mundial da Saúde (OMS)
Trump decidiu retirar os Estados Unidos da OMS, interrompendo um financiamento que, nos últimos anos, variou entre US$160 milhões e US$815 milhões anuais.
Desse modo, podendo comprometer programas globais essenciais, como o combate à poliomielite e à malária, além de reduzir a capacidade da OMS de lidar com futuras pandemias.
Portanto, a OMS lamentou a medida e pediu que o presidente reavalie sua decisão.
O que esperar do novo mandato?
Desde já, Trump sinaliza uma postura combativa e alinhada a seus posicionamentos anteriores. Seus apoiadores enxergam essas medidas como um retorno à “América em primeiro lugar”, enquanto críticos temem o isolamento internacional e o enfraquecimento de instituições democráticas e ambientais.
Portanto, os próximos meses serão cruciais para avaliar os impactos dessas ações e determinar como elas moldam o cenário político e econômico global.
Imagem de Capa: President Donald Trump