Os relacionamentos são a pedra angular da nossa existência social, agindo como espelhos que refletem os nossos desejos, medos e aspirações mais profundas. Esses não são os pontos fortes de controlar as pessoas.
Na melhor das hipóteses, nossos relacionamentos oferecem consolo, companheirismo e um sentimento de pertencimento.
No entanto, à medida que navegamos no intrincado labirinto das interações humanas, há momentos em que encontramos desafios que testam a força destes valores fundamentais. Um desses desafios é o comportamento controlador, que pode infiltrar-se sutilmente nas nossas interações, lançando uma sombra sobre o afeto e a compreensão genuínos que antes prevaleciam.
Desse modo, reconhecer e abordar este comportamento é crucial, pois pode minar a própria essência do que torna um relacionamento significativo e gratificante.
Por que algumas pessoas se tornam tão controladoras?
Compreender a psicologia por trás do comportamento controlador pode fornecer informações valiosas sobre por que alguns indivíduos apresentam tais tendências.
Portanto, aqui estão cinco razões baseadas na psicologia pelas quais algumas pessoas se tornam controladoras:
Insegurança e baixa autoestima
No âmago de muitas personalidades controladoras está um profundo sentimento de insegurança. Indivíduos que se sentem inseguros podem usar o controle ou outros comportamentos agressivos como mecanismo de defesa.
Dessa forma, eles podem pensar que podem evitar ameaças ou desafios percebidos à sua autoestima. Ao exercerem controle sobre os outros, podem criar uma ilusão de estabilidade e previsibilidade nas suas vidas. É assim que tentam compensar seus sentimentos internos de inadequação.
Traumas anteriores ou experiências abusivas
Eventos traumáticos, especialmente durante os anos de formação, podem levar a comportamentos controladores na idade adulta.
Por exemplo, alguém que cresceu num ambiente imprevisível pode desenvolver hábitos de controle para garantir que seu ambiente pareça seguro e previsível. Como resultado, esse comportamento pode se tornar um mecanismo de proteção contra reviver traumas passados.
Medo do Abandono
O medo de ser rejeitado ou abandonado pode criar pessoas manipuladoras. Portanto, eles acreditam que podem impedir que entes queridos abandonem seus relacionamentos e ambientes, mantendo um controle rígido sobre seus relacionamentos e ambientes.
Esse comportamento geralmente decorre de experiências passadas de abandono ou negligência percebida. Assim, leva o indivíduo a fazer grandes esforços para evitar reviver a dor.
Necessidade de poder e domínio
Alguns indivíduos têm uma necessidade psicológica de se sentirem poderosos e dominantes sobre os outros. Esta necessidade pode surgir de vários fatores, incluindo pressões sociais, educação ou experiências pessoais, equiparando poder a respeito.
Para estes indivíduos, controlar os outros (especialmente os parceiros íntimos) pode ser uma forma de validar a sua autoestima. Eles também podem exercer o poder para estabelecer status dentro de um grupo ou ambiente social.
Ansiedade e a necessidade de previsibilidade
A ansiedade pode se manifestar na necessidade de percepção de controle e ordem. Indivíduos com altos níveis de ansiedade podem tornar-se controladores para mitigar seus sentimentos de ansiedade. Eles acreditam que podem reduzir a incerteza que desencadeia a sua ansiedade, garantindo que o seu ambiente e relacionamentos sejam estruturados e previsíveis.
É essencial observar que, embora essas razões possam fornecer insights sobre o comportamento controlador, elas não o justificam nem o desculpam. Reconhecer as causas subjacentes pode ser um ponto de partida para os indivíduos procurarem terapia ou aconselhamento para abordar e gerir as suas tendências controladoras.
5 sinais de comportamento controlador nos relacionamentos
1 – Comportamentos de controle geralmente incluem críticas persistentes
Todos se esforçam para dar o melhor de si, especialmente em relacionamentos que apoiam e elevam uns aos outros. No entanto, críticas persistentes podem ensombrar estes esforços.
Quando você ouve constantemente comentários como “Isso é bom, mas poderia ser melhor” ou “Por que você não fez assim?” pode parecer que o seu melhor nunca é suficiente.
Tais observações podem minar a autoconfiança e criar um sentimento de inadequação perpétua. Compreender que todos operam de forma diferente, com pontos fortes e abordagens únicas, é crucial. Em vez de críticas constantes, os relacionamentos devem promover um ambiente que reconheça, valorize e celebre todos os envolvidos.
2 – Manipulação através da culpa
A manipulação emocional, principalmente através da culpa, pode ser sutil, mas profundamente prejudicial.
Quando você ouve frases como “Se você se importasse comigo, você não faria isso” ou “Você deveria saber melhor”, é fácil começar a duvidar de suas decisões e sentimentos.
Essas táticas manipulativas podem levar a um ciclo de autoculpa e questionamentos. Um relacionamento saudável vem da compreensão mútua, confiança e compromisso. É essencial reconhecer quando alguém usa a culpa como ferramenta de controle e estabelecer limites que protejam seu bem-estar emocional.
3 – Uma pessoa controladora questionando constantemente suas escolhas
Em qualquer relacionamento, o respeito mútuo é fundamental. Isso inclui respeitar as decisões e escolhas de cada um. No entanto, se você se encontrar em uma posição em que todas as decisões são questionadas ou postas em dúvida, pode parecer que você está sob constante escrutínio.
Esse comportamento pode levar à dúvida e à hesitação em tomar até mesmo as decisões mais diretas. A comunicação aberta e honesta é vital em tais situações. Ambas as partes devem sentir-se valorizadas, ouvidas e compreendidas, sem medo de julgamento ou interrogatório constante.
4 – Desconsiderando suas opiniões
Cada indivíduo traz uma perspectiva única para um relacionamento, e cada pessoa deve considerar e valorizar esses diversos pontos de vista. Se você costuma sentir que suas opiniões são marginalizadas, ignoradas ou menosprezadas, você pode começar a se sentir insignificante.
Numa relação equilibrada, ambos os parceiros devem sentir que as suas vozes são importantes. Na verdade, eles sabem que a outra pessoa irá considerar os seus sentimentos e perspectivas.
É claro que um relacionamento bem-sucedido exige um ambiente que incentive o diálogo aberto. É essencial tratar a opinião de cada pessoa com respeito e consideração.
5 – Controlar as pessoas transferindo a culpa quando você se defende
Definir limites sinaliza respeito próprio e autoconsciência. No entanto, em relacionamentos de controle, afirmar-se pode levar a acusações de mudança ou transferência de culpa.
Suas armas são comentários cruéis como: “Você mudou”. Mas isso é um truque para negar a responsabilidade. Além disso, fazem com que a outra pessoa se sinta culpada por se defender.
É crucial lembrar que o crescimento pessoal, a autoconsciência e o estabelecimento de limites são mudanças positivas e necessárias. Em qualquer relacionamento, é essencial priorizar o seu bem-estar e garantir que você esteja em um ambiente de apoio, compreensão e edificante.
Traduzido e Adaptado por Equipe Sábias Palavras
Por: Power of Positivity
Imagem de Capa: Canva
