
Pelo menos cinco enfermeiras de uma equipe que trabalha no mesmo andar de um hospital em Newton, EUA, foram diagnosticadas com tumores cerebrais e agora estão procurando respostas para essa “coincidência”
Em declaração à Fox News Digital, o sindicato dos enfermeiros do hospital, a Massachusetts Nurses Association (MNA), disse que está apoiando ativamente os enfermeiros do Newton-Wellesley Hospital, “que apresentaram sérias preocupações médicas, focadas em diagnósticos de tumores cerebrais na unidade de maternidade do 5º andar”.
“Reconhecemos que enfermeiros e muitas outras pessoas desejam informações imediatas sobre a situação. Essa urgência advém de uma preocupação com a saúde dos enfermeiros, de suas famílias e dos pacientes — uma urgência que compartilhamos.”, continuou o MNA.
O sindicato dos enfermeiros também revelou que está trabalhando para “concluir uma investigação científica independente” sobre os diagnósticos.
“Essa ação está em andamento e pode levar semanas adicionais. A investigação está sendo conduzida pela divisão de saúde e segurança da MNA, composta por enfermeiros de saúde ocupacional, em colaboração com os enfermeiros da Newton-Wellesley.”, acrescentou.
Além disso, o órgão recebeu mais de 300 respostas de pesquisas, e-mails e telefonemas de enfermeiros atuais e antigos, bem como de outros funcionários atuais e antigos do hospital, com preocupações com a saúde.
Segundo um comunicado do Newton-Wellesely Hospital, eles descobriram que, até abril, 11 funcionários que trabalharam, em algum momento e em diferentes níveis, no quinto andar do hospital, foram detectados cinco casos de tumores cerebrais benignos de três tipos diferentes, enquanto outros seis casos foram determinados como não sendo tumores cerebrais, mas sim outros problemas de saúde.
A investigação ainda “não encontrou riscos ambientais que pudessem estar ligados ao desenvolvimento de um tumor cerebral”, disseram Jonathan Sonis, diretor médico associado, e Sandy Muse, diretora de enfermagem.
De acordo com o Boston.com, uma revisão do OHS descobriu que foram realizados 668 raios X com máquinas portáteis no quinto andar do hospital entre 2020 e 2024, número que dobra o risco de exposição à radiação em comparação com a exposição diária normal à radiação para enfermeiros que ficam a aproximadamente um metro da máquina.
“Mesmo que um membro da equipe estivesse presente em todos esses raios X, ele não teria absorvido tanta exposição (ou seja, a um metro da máquina), pois utilizamos técnicas de segurança de raios X adequadas em todo o hospital”, afirma o comunicado do hospital.
O sindicato disse que está trabalhando com o hospital, que, segundo ele, “só conversou com um pequeno número de enfermeiros e seus testes ambientais não foram abrangentes”.
“O hospital não pode resolver esse problema tentando fornecer uma conclusão predeterminada”, acrescentou a MNA.
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