Ensine seu filho a dar valor as pessoas e não as coisas! A inocência das crianças é o maior tesouro que possuem, mas com o passar dos anos elas passam a querer muitas coisas, dentre elas, coisas materiais e caras. É preciso muita atenção nessa fase da infância para que os filhos aprendam a valorizar o que realmente importa!
Elas não sabem quanto custam essas coisas, não conseguem avaliar como seus pais ganham o dinheiro, sabem que eles trabalham o dia todo, mas com o tempo e a educação que recebem, começam a interpretar que as pessoas que conseguem dar mais presentes são as mais ricas! E começam a questionar: “Mamãe, meu coleguinha é rico, ele tem um celular de última geração, o melhor videogame que eu já vi, eles vão viajar para a praia pelo menos duas vezes por ano, e moram em um condomínio que tem tudo que eu sempre sonhei”. “Por que você não compra tudo isso para mim? ”. “Nós somos pobres? ”.
O problema aqui não é ser pobre ou rico porque muitos pais não possuem condições de dar tantas coisas materiais para os filhos, mas mesmo assim, se humilham pedindo bolsas de estudo nas escolas mais caras, se escravizam para pagar as prestações do carro novo, e vira e meche, recebem notificação de dívida do condomínio de luxo. Tudo isso para tentar dar para os filhos aquilo que nunca tiveram, pois acreditam que a felicidade está nas coisas… Grande engano!
Ensine seu filho a ser feliz, independente das coisas!
Ensine que a felicidade está dentro, não fora. Afirme constantemente que o valor das pessoas está nas suas atitudes e não naquilo que podem comprar. O ensine a desenvolver a sua inteligência emocional, porque não existe riqueza maior nesse mundo do que saber lidar com as próprias emoções.
O ensine a entender a si mesmo e ao mundo, a se dedicar as suas melhores habilidades e as desenvolver durante o decorrer da vida.
Ensine valores, dê a ele exemplos de amor e caridade, de honestidade e empatia, e principalmente, o ensine a dizer NÃO, a estabelecer limites, e a entender o mundo. Nunca o faça dependente das coisas que você dá a ele. Nunca o faça querer mais do que o necessário. Nunca o pressione para ser o melhor, o mais importante, o mais poderoso, ou a querer o melhor em termos de tecnologia e inovação. Ensine que coisas são coisas, e nada mais, que servem para que as usemos com responsabilidade e não para exaltar a nossa vaidade. Pois crianças que crescem com pais muito materialistas, acabam se tornando adultos extremamente egoístas e gananciosos.
O adulto que teve uma criação materialista se torna refém das coisas que ainda não possui.
Mesmo que seu filho consiga enxergar a má educação que teve durante a infância, voltada a adoração dos bens materiais, quando chegada a vida adulta, mesmo percebendo que é escravo das coisas que ainda não possui, ele terá dificuldade em mudar, e terá mais dificuldade ainda em se sentir feliz, se caso não conseguir obter as coisas que os pais conseguiram e conseguem até hoje.
A pressão é muito grande, e o ego não admite falhas.
Pobre coitado. Viverá uma vida triste tentando provar aos pais e ao mundo que é bem-sucedido. Que possui coisas, muitas coisas! E enquanto não conseguir essas coisas, não se sentirá feliz, e mesmo quando conseguir, se sentirá pior, porque verá que de nada adiantou, que aquela felicidade vinda do preço das coisas materiais, não tinha o menor valor. E perderá a vida, se perderá nas coisas, e tentará se encontrar a todo instante, mas não encontrará nada, simplesmente porque, está procurando fora, quando o que se tem que encontrar está dentro.
Quando os pais entenderem que as crianças ficarão felizes com tudo que as façam sentir amor, a educação se tornará mais simples, porque o amor não se mede o preço, se mede nas intenções, num simples gesto, numa diversão despretensiosa, porque são as pessoas que possuem valor, não as coisas que elas adquiriram no decorrer da vida. Ensine isso a ele!
A felicidade não está nas coisas, mas nas pessoas! Então, para conseguir tudo isso, temos que fazê-los entender que as pessoas são valiosas!
Já ouvi algumas mães dizerem para seus filhos que começaram a namorar: “Mas a família dela tem dinheiro?”, “Ela mora em que bairro?”, ” Você poderia conseguir alguém melhor, ela não tem onde cair morta, não tem herança, olha o carro que ela tem, caindo aos pedaços”, “Meu filho você merece alguém que te faça prosperar, não essa aí que te puxa pra baixo”.
E toda essa avaliação superficial é feita baseada nas coisas que a pessoa possui, e em nenhum momento se avalia o seu real valor, aquilo que essa moça ensina ao filho dela diariamente, e o quanto ele está se tornando melhor como pessoa ao lado dela. E sabe o motivo que uma mãe materialista não consegue enxergar valor na mulher “pobre” do seu filho? Porque o valor dela simplesmente não tem preço.
Muito me assusta os pais materialista que ao encontrar seus filhos adultos já começam a os interrogar sobre o trabalho, quando trocarão o celular por um mais novo, o quanto estão conseguindo poupar por mês, a quanto tempo não compram uma roupa nova… Parece que, o que importa, é simplesmente o dinheiro, não o que o seu filho vem aprendendo moral e emocionalmente! E isso é muito degradante. Degrada a sua noção de hombridade, e o coloca à mercê de pessoas que também só pensam em dinheiro e que são capazes de coisas, não muito legais, para obtê-lo.
Ensine seu filho que a verdadeira felicidade é alcançada com amor.
O ensine que a felicidade vem com as experiências, com as relações afetivas compartilhadas, está na simplicidade das coisas do dia a dia, no ato de acordar e ver que a pessoa que ama está ali do lado, na convivência com pessoas boas, honestas, simples, e caridosas, na compreensão do que realmente importa e no que é essencial nessa vida… O amor e a retidão! E aprenda junto, de uma vez por todas, que…Tudo aquilo que não se leva após a morte, não é essencial.
Melhor ter um filho que leva a vida de maneira simples e honesta, do que um que passa por cima de todos, deixa aqueles que o ajudaram na mão, sai por aí despedaçando corações, e adquirindo inimigos, dando mais importância ao preço das coisas do que valor as pessoas!
Por: Iara Fonseca
Imagem de capa: Anastasiya Gepp de Pexels
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