Pela primeira vez, o Brasil celebra o Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro, como feriado nacional em 2024. Antes disso, a data já era reconhecida como feriado em alguns estados e municípios, porém, agora será obrigatória em todo o país.
O feriado homenageia Zumbi dos Palmares, líder do maior quilombo do Brasil, símbolo da resistência negra e defensor da liberdade. Sua morte, em 20 de novembro de 1695, marca um dia de reflexão sobre a luta contra o racismo, as desigualdades sociais e a valorização da cultura afro-brasileira.
A história de Zumbi dos Palmares
Em 1655, nasceu Zumbi no Quilombo dos Palmares, localizado na Serra da Barriga, em Alagoas, região que fazia parte da Capitania de Pernambuco. No entanto, quando ainda criança, soldados portugueses o capturaram e entregaram ao padre Antônio Melo, que o educou em português e latim.
Aos 15 anos, Zumbi fugiu, retornando ao quilombo e assumindo seu papel na resistência. Como estrategista e líder militar, ele liderou Palmares contra expedições portuguesas. Desse modo, tornou-se o principal defensor da liberdade de sua comunidade.
Apesar de derrotar diversas expedições, Zumbi foi traído e morto em 1695, com sua cabeça exposta em Olinda para intimidar outros quilombolas.
A importância do Dia da Consciência Negra
O Dia da Consciência Negra é mais que um feriado, é um convite para refletir sobre as desigualdades raciais e valorizar a história e a cultura afro-brasileira.
Além disso, essa data representa as conquistas do movimento negro, que luta por reconhecimento, equidade e justiça social.
De acordo com a escritora e ativista Waleska Barbosa, o feriado é “uma oportunidade de colocar as questões da negritude em foco”. Dessa maneira, ela alerta que, apesar dos avanços, o Brasil ainda tem que combater o racismo estrutural e garantir direitos básicos para a população negra.
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