Júlia Kogan é uma mulher que, tal como qualquer outra, não se conseguia conter de alegria ao saber que estava grávida. Contudo, às 19 semanas descobriu que a pequena Clara sofria de uma malformação da coluna vertebral chamada mielomeningocele que provocou sequelas motoras severas, como não conseguir andar.
Como deves imaginar, assim que a menina fez um ano, Júlia teve bastante dificuldade em encontrar uma creche que tivesse condições para atender às necessidades especiais de Clara, pois apesar de ser obrigatório todas as escolas aceitarem crianças especiais, isso nem sempre funciona assim na realidade.
Felizmente, Júlia teve a sorte de conhecer uma escola que não só tinha rampas e elevadores, como um bom atendimento, e que já tinham experiência com outras crianças com algumas dificuldades e/ou deficiências. Contudo, só podia entrar para a mesma quando completasse os três anos.
Assim sendo, a mãe procurou outras opções para aumentar o desenvolvimento da menina enquanto esta não pudesse ir para a creche, e apesar da escola que Julia encontrou não ter acessibilidade para crianças especiais, a professora ajudou bastante Clara, ensinando-a a comer melhor, falar mais, cantar, dividir brinquedos, etc.
Em 2017, Clara pôde finalmente entrar para a escola escolhida inicialmente e desde então não podia estar mais feliz.
Aliás, a escola é tão fantástica que na festa junina deste ano (2018), fez questão de adaptar a festa para que Clara pudesse participar.
“Procurar uma escola para um filho é tarefa difícil. Procurar uma escola para o filho que anda numa cadeira de rodas é tarefa mais do que difícil. Quando falamos de adaptação/inclusão não estamos só a falar de rampas ou abraços dos colegas. Estamos a falar de sensibilidade, delicadeza, amizade, carinho, estudo, profissionalismo. E foi tudo isso que achámos para a Clara”, escreveu Júlia na descrição do vídeo da festa que partilhou na sua página do Instagram.
Pormenores que fazem toda a diferença ❤️