A demência é uma condição que afeta a memória, a comunicação e a função cognitiva de uma pessoa, onde geralmente se desenvolve gradualmente. Os primeiros sinais podem ser sutis, especialmente em conversas.
Entretanto, algumas mudanças nos padrões de fala podem indicar que algo está errado e prestar atenção às escolhas de palavras e às dificuldades de conversação pode ajudar a reconhecer os sintomas. Ao identificar esses sinais precocemente, melhor será o planejamento para intervenção médica e suporte para melhorar a qualidade de vida.
Claro que todo mundo esquece palavras ocasionalmente, mas a dificuldade frequente em recuperá-las pode sinalizar problemas cognitivos. Pessoas em demência inicial frequentemente fazem pausas no meio da frase, procurando por palavras que antes usavam facilmente.
Com o tempo, as hesitações na fala aumentam, dificultando as conversas. Se um ente querido frequentemente luta para encontrar palavras, isso pode indicar um declínio cognitivo subjacente que precisa de atenção.
Em vez de nomear os objetos, uma pessoa com demência pode descrevê-los indiretamente. Ela pode se referir a um telefone como “a coisa com a qual falo”. Essa luta para dizer as palavras sugere declínio cognitivo.
Com o tempo, suas descrições podem se tornar mais longas ou mais difíceis de seguir, dificultando a comunicação. Se esse comportamento ocorrer consistentemente, pode sinalizar um problema além do esquecimento ocasional, garantindo uma avaliação médica para possível demência.
A perda de memória de curto prazo geralmente faz com que os indivíduos repitam perguntas ou histórias em minutos. Alguém pode perguntar: “Que horas é o jantar?” várias vezes ou recontar uma história que acabou de compartilhar.
Ao contrário do esquecimento ocasional, esse padrão sinaliza dificuldade em reter informações recentes. À medida que a demência progride, a repetição se torna mais frequente, causando frustração tanto para o indivíduo quanto para os entes queridos. Perceber esse padrão cedo pode ajudar a buscar aconselhamento médico e intervenção.
Pessoas com demência podem ter dificuldade para acompanhar conversas, especialmente em discussões rápidas ou em grupo. Elas podem perder o controle dos tópicos, pedir frequentemente para os outros repetirem o que disseram ou se retirar devido à frustração.
Processar informações faladas se torna mais difícil, levando a mal-entendidos. Com o tempo, elas podem evitar situações sociais para esconder suas dificuldades. Reconhecer esse comportamento precocemente permite a intervenção, ajudando-as a permanecerem engajadas e a manter a função cognitiva por mais tempo.
Alguns indivíduos com demência começam a falar em sua primeira língua – ou mesmo sotaque, mesmo que tenham usado outra língua por anos. Isso acontece porque a linguagem aprendida mais recentemente permanece profundamente armazenada no cérebro.
Desta forma, estresse ou confusão podem fazer com que eles voltem a expressões ou sotaques da infância. Embora isso possa parecer inofensivo, sinaliza declínio cognitivo. Se um ente querido muda repentinamente para uma língua há muito tempo não usada, pode ser um sinal de que a demência está progredindo.
Pessoas com demência podem substituir palavras por incorretas, mesmo que elas soem semelhantes ou tenham significados relacionados. Por exemplo, elas podem dizer “fogão” em vez de “micro-ondas”. No início, os erros podem ser sutis, mas com o tempo, sua fala pode se tornar confusa.
Às vezes, as palavras incorretas não têm relação com o significado pretendido. Se um ente querido frequentemente substitui as palavras erradas, é um sinal de que a função cognitiva pode estar em declínio.
Muitas pessoas com demência percebem que estão lutando para se comunicar, mas não conseguem entender o porquê. Elas podem dizer: “Eu sei o que quero dizer, mas não consigo encontrar as palavras”. Essa consciência pode levar à frustração, ansiedade e afastamento das conversas.
Com o tempo, elas podem evitar falar completamente para evitar constrangimentos. Se um ente querido frequentemente expressa angústia sobre a comunicação, buscar aconselhamento médico pode ajudar a determinar a causa e encontrar soluções.
Se você notar essas mudanças na fala em você ou em um ente querido, leve-as a sério. Embora o esquecimento ocasional seja normal, dificuldades persistentes de linguagem podem indicar um problema cognitivo subjacente.
Buscar uma avaliação médica precocemente permite melhor gerenciamento e acesso a recursos. Reconhecer os sintomas de demência mais cedo do que tarde ajuda indivíduos e famílias a planejarem o futuro, garantindo o melhor suporte, cuidado e qualidade de vida possíveis.
Imagem de Capa: Reprodução NBC
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