Se perceber que há algo de errado com seu filho, você naturalmente o levará ao médico de família ou, em ao hospital mais próximo. Mas para uma família, a decisão de levar a filha ao hospital teve consequências terríveis.
Desde a infância, a filha de Jack e Beata Kowalski, Maya, começou a sofrer de dores crônicas. Seus pés começaram a virar para dentro, sua pele parecia estar pegando fogo e ela gritava constantemente de dor.
Jack e Beata estavam desesperados pois a saúde de sua filha parecia piorar e, depois de consultar vários profissionais ao longo de 2015, um médico deu o diagnóstico de Síndrome de dor regional complexa (SDRC).
Mesmo sendo medicada com altas doses de cetamina, Maya e a família viajou para o México para que ela pudesse ser colocada em ‘coma de cetamina’. Ela parecia estar melhorando quando ganhou mobilidade em seus braços e suas pernas começaram a se endireitar. Mas um ano depois, ela teve uma recaída.
Desesperados mais uma vez, seus pais a levaram às pressas para o Johns Hopkins All Children’s Hospital em St. Petersburg, Flórida, mas as coisas se tornaram um pesadelo quando a mãe Beata – uma enfermeira registrada – foi acusada de abuso infantil.
Maya, então com 10 anos, acabou sendo levada sob custódia do estado, com a mãe sendo impedida de vê-la. Beata foi acusada de ter Munchausen por procuração, uma doença mental e forma de abuso infantil em que um pai inventa sintomas falsos ou causa sintomas reais para fazer parecer que a criança está doente.
No entanto, depois de uma avaliação psicológica, foi constatado que ela não tinha a doença, mas ainda assim ela não teve permissão para ver a filha. Três meses depois que Maya foi tirada dela, Beata tirou a própria vida. Agora adolescente, ela busca justiça pela dor causada em sua família.
A sinopse oficial do documentário diz: “Em 2016, Jack e Beata Kowalski levaram sua filha, Maya, para um hospital em St. Petersburg, Flórida. A menina de 10 anos foi internada no pronto-socorro com uma forte dor de estômago.
Em vez de uma rápida internação no hospital, Maya foi tirada de seus pais e mantida lá. A tragédia que se desenrolou a seguir é o tema do documentário investigativo “O Mistério de Maya, uma exploração perturbadora de como um setor de saúde fraturado separou uma família.”
Contado através de várias gravações de áudio que a própria Beata documentou, depoimentos e entrevistas com a família Kowalski, o documentário teve um impacto profundo nos espectadores, com alguns descrevendo-o como ‘doloroso’, ‘extremamente poderoso’ e deixando-os ‘absolutamente destruídos’.
“Acabei de assistir “O Mistério de Maya” no Netflix e estou emocionalmente exausto. Deve ser um dos documentários mais emocionantes que já vi”, escreveu um espectador.
“Nunca na minha vida tive que parar um documentário tantas vezes, só para me recompor e enxugar as lágrimas. Como isso está acontecendo em um ‘país de primeiro mundo’? Quem cuida de Maya acabou de me destruir, estou abalado. Espero que eles transmitam o julgamento globalmente em setembro”, disse outro.
Imagem de Capa: Reprodução
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