Você já parou para pensar que um pequeno detalhe no modo como você se comunica com seu parceiro pode ser o maior indicador de que o relacionamento está em risco?
De acordo com o especialista em psicologia dos relacionamentos, esse sinal silencioso tem o poder de minar vínculos afetivos e prever divórcios com altíssima precisão.
O psicólogo e pesquisador Dr. John Gottman, professor da Universidade de Washington e fundador do Instituto Gottman, estuda casais há mais de 40 anos. Com base em décadas de análise, ele identificou quatro comportamentos destrutivos que costumam surgir em conexões instáveis.
Dentro dos “Quatro Cavaleiros do Apocalipse dos Relacionamentos”, um deles se destaca como o mais tóxico e perigoso de todos: o desprezo.
Segundo Gottman, o desprezo é o maior preditor de divórcios e separações. Em um estudo conduzido nos anos 1990, ele foi capaz de prever com mais de 90% de precisão quais casais se separariam — apenas observando a forma como interagiam.
Mas o que exatamente é esse “desprezo”?
Esse comportamento surge quando um parceiro se coloca em posição de superioridade moral ou intelectual diante do outro. Desse modo, se manifestando em comentários sarcásticos, piadas cruéis, olhares de deboche, imitação zombeteira, tom de voz condescendente e até no clássico revirar de olhos durante uma conversa.
O desprezo fere diretamente a autoestima e mina o respeito — pilares essenciais para qualquer relação saudável.
Porque ele não é apenas um desentendimento pontual. Ele carrega raiva acumulada, julgamentos silenciosos e frustrações não resolvidas. É uma forma de dizer: “Eu sou melhor que você.”
E quando essa dinâmica se instala, o relacionamento deixa de ser um espaço seguro para se expressar e se torna um campo de batalha emocional.
Mais do que causar danos psicológicos, o desprezo está associado a consequências físicas. Estudos mostram que casais que vivem sob esse tipo de tensão têm maior risco de adoecer, desenvolver problemas imunológicos e até sofrer de ansiedade e depressão.
A boa notícia é que, embora o desprezo seja um sinal de alerta, ele não precisa ser uma sentença final. Com pequenas mudanças de atitude, é possível restaurar a conexão e reconstruir o respeito perdido.
Veja algumas estratégias recomendadas por especialistas:
Evite apontar dedos e comece a frase com “Eu sinto…” em vez de “Você sempre…”. Isso evita que o outro se sinta atacado e abre espaço para um diálogo mais construtivo.
Relembrar bons momentos juntos, comentar o que você admira no outro e agradecer por pequenas atitudes pode ajudar a resgatar o carinho e a empatia.
Um beijo de seis segundos antes de sair de casa, um abraço espontâneo, um elogio sincero. Dessa maneira, você pode restaurar o vínculo afetivo e reforçar a ideia de que vocês estão no mesmo time.
Se perceber que está se irritando com frequência, pare e reflita: você está realmente incomodado com o outro ou está descontando frustrações mal resolvidas? O autoconhecimento é essencial para evitar projeções injustas.
Relacionamentos saudáveis não exigem perfeição, mas sim presença, empatia e respeito. O desprezo corrói lentamente o que há de mais valioso entre duas pessoas: o sentimento de serem valorizadas, ouvidas e aceitas.
Então, se você identificou traços desse comportamento na sua relação, encare como um convite à mudança — e não como um ponto final. Com diálogo, carinho e disposição para crescer juntos, ainda há tempo de reconstruir a confiança e fortalecer o amor.
Imagem de Capa: Canva
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