Enquanto as bombas continuam a cair na Cidade de Gaza, devido a guerra Israel-Hamas, mais de 12 mil habitantes foram deslocados das suas casas e enviado para um refúgio.
Mas não são só os adultos que são afetados, como já podemos perceber. As crianças em Gaza têm expressado o seu desejo pelo fim dos ataques aéreos de Israel, que são os piores na história de 75 anos de conflito entre israelenses e palestinos.
A jovem Israa al-Qishawi, de 13 anos, compartilha sua angústia em uma filmagem feita pela Reuters em uma escola, administrada pelas ONU, que se tornou um abrigo para várias famílias. Enquanto algumas crianças brincam, outras olham para cima e apontam para aeronaves israelenses no céu.
Al-Qishawi revela que não consegue dormir à noite. Ela vai ao banheiro a cada poucos minutos porque tem medo dos foguetes. Ela contou: “30 pessoas dormem aqui. Não há espaço para todos nós”.
O Ministério da Saúde de Gaza afirma que mais de 800 pessoas foram mortas pelos ataques aéreos, nos dias que se seguiram aos massacres surpresa do Hamas em Israel, que supostamente mataram 900 pessoas, a maioria delas civis.
Israel diz que está atacando alvos militares em Gaza, como locais de armazenamento de armas, e que emite aviso aos civis para saírem. Mas a sua segurança não está garantida. A ONU revelou que as operações aéreas de Israel atingiram escolas e edifícios da ONU em Gaza, com vítimas civis.
Al-Qishawi também contou que não há água corrente no banheiro e que ela desenvolveu uma erupção na pele porque não consegue tomar banho há dias.
“Eu gostaria de ser uma criança normal, vivendo sem guerra, sem mísseis, para que possamos voltar para casa em segurança”, disse a menina de 13 anos.
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