No sudeste do Caribe, o furacão Beryl vem causando ventos devastadores de até 270 km/h, conforme relatado pelo Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC). No entanto, as previsões indicam que hoje terá um enfraquecimento enquanto o furacão avança em direção à Jamaica.
As imagens de satélite revelam a magnitude impressionante do furacão Beryl. O Instituto Cooperativo de Pesquisa na Atmosfera (CIRA) classificou o Beryl como um furacão de categoria 5.
Este é o primeiro fenômeno de tal intensidade a atingir o Caribe em junho. Antes dessa reclassificação, o furacão devastou a ilha de Carriacou, em Granada, ontem.
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Destruição e previsões
O furacão deixou um rastro de destruição em várias ilhas. Em Carriacou, os ventos atingiram até 240 km/h, arrasando a ilha em apenas meia hora. Desse modo, o primeiro-ministro de Granada, Dickon Mitchell, declarou estado de emergência e pediu à população para permanecer em casa.
Em Barbados, houve inundações em casas e empresas, e danos significativos a barcos de pesca em Bridgetown. Dessa maneira, Wilfred Abrahams, Ministro do Interior e da Informação, destacou que a situação foi crítica, embora os ventos continuem a preocupar.
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Já em São Vicente e Granadinas, o Beryl causou uma morte confirmada e possivelmente mais vítimas. Portanto, o primeiro-ministro Ralph Gonsalves informou que o furacão danificou ou destruiu seriamente 90% das casas, incluindo o aeroporto.
De acordo com o NHC, o olho do furacão Beryl continuará a se mover rapidamente pelo sudeste e centro do Mar do Caribe. A previsão é que passe perto da Jamaica na quarta-feira e das Ilhas Cayman na quinta-feira, mantendo-se próximo da intensidade de um grande furacão.
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Crise climática
O surgimento de um furacão de categoria 5 no início da temporada é considerado raro. Normalmente, os furacões ocorrem entre junho e novembro. Em maio, a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA) previu uma temporada excepcional, com quatro a sete furacões de categoria 3 ou superior.
As previsões da NOAA são influenciadas pelo fenômeno La Niña e pelas temperaturas elevadas no Atlântico. As temperaturas do Atlântico Norte têm registrado níveis recordes, contribuindo para a potência dos furacões. A crise climática está intensificando os desastres naturais, exigindo ações climáticas mais ambiciosas de governos e empresas.
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Imagem de Capa: Handout / NOAA/GOES / AFP