Homem gasta R$12 mil do FGTS no “Jogo do Tigrinho”: “Foi tudo embora”

Recentemente, um funcionário de uma distribuidora de alimentos compartilhou um relato angustiante: ele gastou R$ 12 mil do seu Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) jogando o “Jogo do Tigrinho”, um cassino online ilegal.

De acordo com sua entrevista ao ‘Fantástico’ da TV Globo, ele revelou como foi atraído para um ciclo vicioso de perdas e tentativas desesperadas de recuperar o dinheiro perdido.

O homem, que preferiu não ser identificado, descreveu sua rotina de jogo. “Chegava final do mês na empresa, meu salário caía, eu depositava R$ 50, e perdia. Ficava naquela coisa de jogar mais para recuperar o dinheiro“, disse ele.

Desse modo, ele não só gastou seu salário, mas também todo o seu FGTS. “Foi tudo embora. Tanto salário, quanto FGTS. Gastei meu FGTS ‘todinho’, R$ 12 mil”, lamentou.

O funcionário não é um caso isolado. Outros colegas também foram afetados pelo vício no “Jogo do Tigrinho”. Rafael Tenório, empresário da distribuidora, relatou que muitos funcionários pediam adiantamento de férias, antecipação do 13º salário, empréstimos e até acordos para se desligarem da empresa.

“Incluindo funcionários com mais de dez anos de empresa”, comentou.

Investigações e envolvimento de influenciadores

A Polícia Civil de Maceió descobriu que 12 influenciadores e agentes promoviam o jogo de azar. Entre os suspeitos estão a influencer Paulinha Ferreira e seu marido, Ygor Ferreira.

Dessa forma, a polícia apreendeu um carro de luxo do casal na semana passada. Segundo o delegado Eduardo Mero, essas pessoas faziam parte de uma organização criminosa.

No entanto, a defesa do casal afirma que não há provas de envolvimento em atividades criminosas nos autos da investigação. Portanto, eles afirmam que não podem se responsabilizar pelos problemas que os jogadores enfrentaram nas plataformas.

Investigações revelaram que influenciadores recebiam contas “viciadas” que garantiam ganhos. Prints de conversas mostraram que esses perfis tinham acesso a apostas programadas para ganhar, conforme relatado pelo colunista Carlos Madeiro.

Enquanto isso, usuários comuns recebiam links para contas normais, onde as perdas eram frequentes.

A operação policial denominada “Game Over” teve como alvo 12 pessoas, assim, resultando em apreensões no valor de R$ 38 milhões. Entre os bens apreendidos estavam carros de luxo, uma lancha e dinheiro. A 17ª Vara Criminal expediu os mandados.

Imagem de Capa: Reprodução





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