Jim Carrey, famoso por suas performances icônicas em filmes como Ace Ventura, O Grinch e O Todo-Poderoso, chocou o público ao fazer uma reflexão profunda e emocional sobre sua identidade.
Aos 62 anos, Carrey compartilhou em entrevistas a sua visão de que ele “não existe” e que sempre foi apenas mais um de seus muitos personagens.
Dessa forma, gerando debates sobre o impacto psicológico de uma carreira de décadas interpretando diversos papéis e os desafios internos que ele enfrentou. Em 2017, Carrey participou de uma entrevista com o Toronto International Film Festival (TIFF), onde fez declarações intrigantes sobre como se percebe no mundo e sobre os personagens que criou, incluindo “Jim Carrey”.
“Jim Carrey foi um personagem”
Durante esse entrevista em 2017, Carrey explica que foi vivendo apenas um ‘sequência de personagens’, e que “Jim Carrey” foi apenas mais um deles. Portanto, ele admitiu que, em algum momento, percebeu que “não existia” de verdade, que tudo aquilo era uma construção para agradar os outros.
“Eu interpretei o cara que não tinha preocupações para que as pessoas que me assistissem não tivessem preocupações”, afirmou.
Ele também destacou a relação entre esse personagem criado e a depressão, algo com o qual ele lutou ao longo dos anos. “A depressão é o seu corpo dizendo: ‘não quero mais ser esse personagem. Não quero mais sustentar esse avatar que você criou, é demais para mim’.”
@tiff_net“I don’t exist…” Jim Carrey is playing a character👀
Reflexões no tapete vermelho
Ainda em 2017, durante um evento na New York Fashion Week, Carrey ecoou essa visão sobre sua identidade ao declarar que “não existe eu”. Dessa maneira, fazendo com que os entrevistadores e o público refletissem sobre.
Ele provoca dizendo que não somos os criadores de nossas vidas e que, na realidade, “não importamos”. Essas declarações provocaram surpresa e levantaram questões sobre o estado emocional e mental do ator.
No entanto, ao longo das entrevistas, Carrey deixou claro que suas palavras não se tratavam de um estado de desespero, mas sim de uma visão mais elevada sobre a existência.
Por isso, ele discutiu a ideia de que a fama e a personalidade que lhe atribuíram ao longo dos anos foram apenas construções que não refletem sua verdadeira essência. “Quem é Jim Carrey? Ah, ele não existe na verdade”, disse ele.
Carrey também explorou a ideia de que seu sucesso foi uma ferramenta para chegar a um ponto de desapego completo da fama e de sua própria identidade pública. “Acredito que fiquei famoso para poder deixar a fama de lado”, afirmou.
Essa busca por desapego não reflete apenas uma tentativa de fugir da pressão da fama, mas sim uma jornada espiritual e filosófica, na qual ele questiona as definições impostas pela sociedade, como nome, nacionalidade e religião.
Para finalizar suas reflexões, Carey sugere que tudo isso é uma ilusão, uma construção que não tem substância real quando analisada profundamente.
Imagem de Capa: Jim Carrey