Jogadoras da seleção brasileira questionam silêncio de atletas masculinos em casos de Robinho e Daniel Alves

Nos últimos dias, o mundo do futebol foi sacudido por polêmicas envolvendo dois nomes: Robinho e Daniel Alves. No entanto, as jogadoras Ary Borges e Kerolin, representantes da seleção brasileira feminina, questionaram o silêncio de figuras influentes do futebol masculino.

Ary Borges, atualmente no Racing Louisville, dos Estados Unidos, foi uma das primeiras a levantar a questão. Desse modo, após o pronunciamento da presidente do Palmeiras, Leila Pereira, Ary indagou se apenas as mulheres estavam dispostas a falar sobre tais casos.

“Ela [Leila] mostrou que é isso que pessoas em posições de impacto precisam fazer. Mas será que até quando apenas mulheres vão continuar se expondo, sozinhas a repudiar situações como essa, ou no caso, CRIME como estes?”, disse Ary.

A Leila foi gigante no que disse mas é mostrou que é isso que pessoas em posições de impacto precisam fazer. Leila COMO MULHER se posiciona mas será que até quando apenas mulheres vão continuar se expondo, sozinhas a repudiar situações como essa, ou no caso, CRIME como estes?!?

— Ary Borges 🫶🏽 (@_aryborges) March 21, 2024

Kerolin, que defende o North Carolina Courage, também expressou sua preocupação e cobrou posicionamentos de personalidades influentes do futebol masculino.

“Até quando só mulheres? Até quando mulheres irão continuar sofrendo esses e outros tipos de crimes e as pessoas que cometem sairão ilesas?”, questionou.

LEILA Pereira, gigante, como MULHER se posicionou e digo mais, mostrou como pessoas q tem voz, espaço, influência poderiam se posicionar!
Até quando só mulheres ? Até quando mulheres irão continuar sofrendo esses e outros tipos de crimes e as pessoas q cometem saíram ilesas ?!?! pic.twitter.com/qNCPa99Is4

— Kerolin nicoli (@kerolinnicolii) March 21, 2024

Essas indagações surgem em um momento crucial. Recentemente, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) determinou a prisão de Robinho, impondo-lhe uma pena de nove anos de prisão pelo crime de estupro coletivo cometido na Itália.

Enquanto isso, Daniel Alves permanece detido por não ter pago a fiança, mesmo após a Justiça espanhola conceder-lhe liberdade provisória.

Imagem de Capa: Ary Borges/Kerolin Nicoli